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Campos não pode receber menos vacina do que a cidade de Niterói

Seria algo muito estanho mesmo Campos receber um repasse de apenas cinco mil novas doses para a próxima etapa

Opinião
Por Editorial
24 de fevereiro de 2021 - 18h09
Enfermeira segura frasco com vacina Pfizer/BioNTech contra Covid-19 na Universidade de Coventry, no Reino Unido. (Foto: Jacob King/Pool via Reuters)

O prefeito Wladimir Garotinho acerta, e com precisão,
quando defende que haja critérios diferenciados dentro
de um quadro de proporcionalidades na distribuição de
novas doses de vacinas contra a Covid-19 para os
municípios.
Wladimir está preocupado com a possibilidade de que
Campos, uma cidade que já rompeu a barreira de meio
milhão de habitantes, receba uma remessa de apenas
cinco mil novas doses da vacina, uma gota dentro de um
oceano de demandas.
Está correto quando advoga uma proporcionalidade
nesta dosagem de distribuição, e defende uma isonomia
com a cidade de Niterói, onde o desempenho da
vacinação parece ser melhor, certamente pelo número
maior de vacinas.
Se Niterói tem praticamente a mesma população de
Campos, embora esteja na região metropolitana, ela não
deveria receber mais doses do que Campos, que está a
270 quilômetros da capital, mas que é polo regional.

Wladimir tem mostrado habilidade para resolver esses
impasses em Brasília e no momento ele foca exatamente
nisto: a vacina contra a Covid-19. Seria algo muito
estanho mesmo Campos receber um repasse de apenas
cinco mil novas doses para a próxima etapa, e Niterói
receber bem mais.
O prefeito relata o grande esforço para conter as
aglomerações flexibilizando as atividades econômicas.
Para ele, essa seria a hora de acelerar a vacinação,
enquanto a oferta de leitos de UTI é generosa. Não dá,
como ele mesmo disse, para permanentemente mandar
as pessoas exaustas pela reclusão, sossegar o facho.