×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Administração Wladimir/Frederico busca atender demandas mais urgentes

.

Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
8 de fevereiro de 2021 - 13h05

​Com menos de 40 dias de trabalho, governo mira nas prioridades do município

É normal que ao início de um novo governo as expectativas se transformem em pressão e cada segmento, entidade classista, grupo e indivíduos queiram, de imediato, ver atendidos seus pleitos e interesses.

Normal, é; razoável, não.

Bem entendido, as promessas e compromissos de campanha são assumidos para que se configurem no curso do mandato. Entretanto, no horizonte dos projetos anunciados, é difícil estabelecer critérios cronológicos rígidos. Ainda assim, não raro o que estava programado para amanhã – para o momento propício de ser realizado – acaba sendo cobrado ‘para ontem’.

Isto posto, cabe ponderar o óbvio: o governo Wladimir Garotinho/Frederico Paes, que sequer completou 40 dias, está priorizando o emergencial – o urgente – para que a máquina administrativa atenda às necessidades básicas e melhore os serviços essenciais em favor da população.

Se as observações aqui elencadas são o comum em circunstâncias comuns, o que dizer de nossos dias, quando o município sofre os reflexos das incessantes quedas de receita dos últimos anos e ainda precisa enfrentar a pandemia do novo coronavírus?

Registre-se, uma pandemia recrudescida, turbinada pelas aglomerações de fim de ano que resultaram, Brasil afora, que 2021 amargasse número de óbitos e de casos confirmados iguais ou mais elevados do que aqueles contabilizados nos piores meses do ano passado.

Dificuldades – Forçoso reconhecer, estamos a falar de situações tão difíceis quanto incomuns. Ainda sobre a pandemia, se o governo decreta lockdown parcial e estabelece restrições mais duras, enfrenta a oposição ferrenha de setores atingidos. Se não, vê aumentar a transmissão da doença com taxa de ocupação de UTIs nas alturas e sem rede hospitalar pública estruturada.

Semana passada, em apenas dois dias (03 e 04), o município registrou 750 novos casos de Covid – número recorde de transmissão. Logo, o governo está enfrentado a pior fase da pandemia. (E que falta faz o hospital de campanha, que o estado montou e desmontou sem fazer um único atendimento).

Salários – Outra questão enfrentada logo nos primeiros dias foi o atraso dos salários dos servidores e as manifestações que se sucederam. O prefeito não se furtou a ir para a porta do Cesec e conversar com um grupo grande de servidores, bem como de se reunir com diretores do sindicato da classe em busca de soluções. A Prefeitura pagou o salário de dezembro e busca alternativas para quitação do saldo do 13º e da folha de janeiro.

Tudo isso ao mesmo tempo e paralelo ao amplo leque de demandas vindas das mais diferentes áreas, acerca das quais o governo precisa trabalhar arduamente em busca da captação de recursos (dinheiro novo), de atrair investimentos, de promover acordos e equacionar alternativas e soluções aos desafios que se impõem.

Há de se reconhecer, não se está a falar de tarefas fáceis que possam ser resolvidas num piscar de olhos. Ao contrário, exigem criatividade, empenho e muita vontade política.

Servidor é prioridade, mas soluções levam tempo  

Ao longo da campanha eleitoral, Wladimir e seu vice deixaram claro a importância que o servidor público teria na administração municipal. A plataforma de governo então apresentada reconhecia que a figura do servidor representa um dos pilares de qualquer gestão e sustentáculo político.

Para aclarar, não se resume a fazer justiça – o que é obrigação –  ou mero afago. Mais além, os exemplos são explícitos de governos que, digamos assim, se complicaram ao ‘perder’ o apoio do servidor. Por ‘perder apoio’ entenda-se uma oposição que surge de dentro para fora – corrosiva e ruidosa – e que aos poucos vai minando politicamente a administração. Portanto, trata-se de fazer o que é certo – porque é o correto – mas, também, de evitar complicações.

As coisas ainda estão em fase de ajustes e, bom que se diga, ajustes que não se fazem do dia para a noite. O governo ainda procura conhecer sua própria ‘matéria prima’ para que possa calibrá-la da melhor forma.

Se há, por exemplo, relatos de que em um ou outro setor do Ferreira Machado o funcionário(a) ‘X’ – ou funcionários (as) “Xs” – esteja sendo prejudicado por prática que contemple privilegiar ‘Y’; ou, dizendo de outra forma, que se esteja a dar interpretação equivocada e proposital para favorecer quem não tem o direito ou a razão em desfavor de quem o tem, trata-se, obviamente, de ocorrência isolada, que à luz da correção será, ao fim e ao cabo, devidamente ajustada para que cada um receba o que é seu.

De toda sorte, valendo para o servidor ou qualquer outro segmento, não custa lembrar que o governo tem 30 e poucos dias – exiguidade que fala por si.