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Eike quer voltar ao Açu depois de recuperação judicial; antes é preciso resgatar sua imagem

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Opinião
Por Editorial
4 de fevereiro de 2021 - 16h27

O empresário Eike Batista fala na Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado que apura irregularidades no BNDES (Foto: Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil)

Há dois meses, quando a Justiça autorizou a volta do empresário Eike Batista ao mundo dos negócios, depois de ter honrado o processo de recuperação judicial, a Coluna do Balbi noticiou que ele estava de volta, e que iria recomeçar sua vida empresarial pelo Porto do Açu, em São João da Barra, projeto concebido há 13 anos (clique aqui).

A informação do colunista foi certeira e, dias depois, grandes nomes do jornalismo nacional davam a mesma notícia. O assunto ficou mais encorpado nesta semana quando o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, carregou nas letras e disse que o empresário se aliou a um fundo de investimento chinês para voltar ao Açu pela porta da frente.

Eike Batista é até hoje referenciado na região por ter sido o mentor do maior empreendimento privado em curso  no país. O Açu é no momento o terceiro porto brasileiro em movimento de carga, ficando atrás dos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (Paraná). A expectativa é de que ainda este ano o Açu passe a ser o segundo.

Se Eike Batista, que chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo, quer recomeçar por aqui, que seja muito bem-vindo de volta. Mas seu desafio torna-se imenso por fatores diversos.

Acusado de manipular a Bolsa de Valores, fato que o levou a prisão, o empresário se recuperou judicialmente. Agora, ele tem que resgatar a sua credibilidade no mundo empresarial, pois sua imagem saiu arranhada de todo esse processo.

Se conseguir, repetimos, seja bem-vindo de volta.