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Não se pode brincar

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Opinião
Por Editorial
31 de janeiro de 2021 - 0h04

Mascarados no carnaval (Foto Divulgação)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que se identifica como carnavalesco na cidade mais carnavalesca do mundo, descartou a possibilidade de mesmo com a vacina a realização do carnaval em junho, fora de época. Com o seu carioquês, disse que em junho a festa é em Campina Grande, na Paraíba, se referindo aos festejos de São João.

A partir daí não está errado afirmar que esse ano o Brasil não terá carnaval, nem em fevereiro, nem em junho. Não deveria ter tido no ano passado, quando o vírus já circulava e poucos acreditavam. Por outro lado, o carnaval, que é uma festa pagã e sagrada por muitos, resulta agora em uma preocupação: como as pessoas vão se comportar nos dias de carnaval, ou seja, em fevereiro sem carnaval?

As prefeituras da região sempre tiveram muito trabalho e gastavam dinheiro para organizar seus carnavais. Agora, pelo visto, terá que se organizar e também gastar algum dinheiro, para evitar que ocorra um arremedo carnavalesco, aquelas aglomerações improvisadas que muitos já estão prevendo.
É preciso que as autoridades joguem duro contra qualquer ensaio geral carnavalesco, quer na rua, quer em festas organizadas ou até mesmo em residências.

Esta segunda onda da Covid que o Brasil enfrenta é consequência, primeiro das eleições e, em seguida, das festas de fim de ano. Um relaxamento no carnaval, mesmo no chamado bloco “Eu sozinho” que certamente se encontrará com seus pares, pode significar uma terceira onda e isso não é brincadeira.

Vamos deixar para brincar no carnaval do próximo ano, com todos vacinados em uma pandemia de alegria.