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Wladimir Garotinho pode ter apenas um vereador de oposição na Câmara

Em eleição articulada pelo governo, 24 vereadores se alinharam ao prefeito e elegeram Fábio Ribeiro presidente da casa

Política
Por Redação
6 de janeiro de 2021 - 11h52

Vereador Marquinho Bacellar foi único a se abster. (Foto: Reprodução/Acervo pessoal)

Três dias após o início dos trabalhos da Legislatura 2021-2024 na Câmara Municipal de Campos, apenas um vereador declarou fazer oposição ao prefeito Wladimir Garotinho (PSD). Marquinho Bacellar (SD) marcou sua posição na primeira sessão da Casa de Leis, no dia 1º, ao se abster na votação de chapa única costurada pelo governo e que resultou na eleição de Fábio Ribeiro (PSD) para a presidência do Legislativo. Os demais 24 vereadores votaram nos candidatos avalizados pelo governo, em uma demonstração de que podem se alinhar com o prefeito.

Principal representante, na Câmara, do grupo político comandado por seu pai, o ex-vereador Marcos Bacellar, Marquinho se absteve após a bancada do Solidariedade ter sido liberada para votar como desejasse por seu irmão, o deputado estadual Rodrigo Bacellar, presidente do diretório municipal da legenda.

Mas, outros quatro membros do grupo político de Bacellar votaram na chapa encabeçada por Fábio Ribeiro. Helinho Nahim (PTC), Igor Pereira (SD), Marcione da Farmácia (DEM) e Rogério Matoso (DEM), se alinharam, pelo menos momentaneamente, ao grupo governista, que já havia obtido a adesão do PDT de Caio Vianna e seus três vereadores: Leon Gomes, Luciano Rio Lu e Marquinhos do Transporte. Como parte do acordo, Leon Gomes integrou a chapa única e foi eleito primeiro-secretário da Mesa Diretora.

Oposição

Rodrigo reafirmou, em nota, o papel de oposição de seu grupo político, após a escolha do vereador Igor Pereira (SD) para a presidir a Fundação Municipal da Infância e Juventude. Ele criticou Igor e afirmou que a nomeação não passou pela legenda.

“Nosso grupo político, historicamente, sempre combateu as práticas da família Garotinho e faremos em Campos uma oposição responsável, mas sem medo de tocar em pontos sensíveis e brigar por você, cidadão”.

Mas, se Wladimir continuar a trazer para perto vereadores oposicionistas, a despeito de orientações partidárias, pode enfrentar uma oposição de um homem só na Câmara. Ficaria, portanto, em uma situação ainda mais confortável que a de sua mãe, Rosinha, em seu último mandato, quando a bancada contava com cinco membros.