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País “quebrado” foi expressão infeliz

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Opinião
Por Editorial
5 de janeiro de 2021 - 18h13

Não se sabe o que é pior: um presidente da República dizer que o país está “quebrado”, ou ele dizer que não pode “fazer nada”. Esses dois desastres estão em uma mesma frase dita hoje (05) por Jair Bolsonaro.

A afirmação baila nas redes sociais e está na capa dos principais sites de notícia do mundo. Para alguns economistas, o pior erro de um empresário é tornar público uma eventual fragilidade de sua empresa.

Frases assim, soltas, soam ocas, e permitem especulações diversas, principalmente se partirmos da premissa de que agora “quebrado”, antes éramos um país partido, dividido entre as diversas tendências políticas.

Com um índice de aprovação bem regular e com números interessantes na economia como recorde de safra no agronegócio, a frase de Bolsonaro não seria repetida se ele pensasse duas vezes.

O presidente tem o apoio de parte expressiva dos eleitores e reformas em curso, que devem ir além da feita na Previdência. Existem outras ferramentas capazes de gerar recursos como as dezenas de privatizações prometidas por ele.

A oitava economia do mundo, que teve essa semana o presidente do seu Banco Central escolhido como o melhor do mundo pelos seus pares estrangeiros, não pode estar quebrada. O presidente exagerou, assim como exagerou em dizer que nada pode fazer. Ele sabe que pode, e esperamos que o faça.