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Criminosos sobre duas rodas

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Opinião
Por Redação
31 de dezembro de 2020 - 12h22

Há uma semana um Editorial do Terceira Via afirmava, depois da insana farra dos motoqueiros pelas ruas de Campos, na madrugada de Natal, que esse era um caso de polícia, e não uma simples brincadeira, uma mera arruaça de jovens. Tanto estávamos certos que as autoridades de Segurança do município se reuniram dias depois para tratar do problema, após o prenúncio de que tudo poderia se repetir na virada do ano.

Mais grave que tudo foi o que aconteceu na última segunda-feira com o pequeno Nicholas Ferreira Rodrigues, de apenas 10 anos, que foi atropelado no bairro da Penha por um menor de 14 anos que empinava uma motocicleta. O menor atropelador certamente se mirou no exemplo da madrugada de Natal e tinha uma vida, a de Nicholas no meio do caminho, que agora agoniza na UTI do Ferreira Machado.

Esse ato absurdo apelidado de “rolê” que está acontecendo em Campos e em outras cidades é criminoso sim. Fere diversas leis, entre elas as do meio-ambiente, as de trânsito, entre outras. A imensa maioria desses criminosos sobre duas rodas usam motocicletas com documentação irregular, quando muitas das vezes são motos roubadas.

Todas usavam um aparelho de torbal alterado que potencializa o som dos canos de descargas e são capazes de provocar estouros semelhantes a tiros de revólveres ou fogos de artifício. A ousadia aumenta quando eles, sempre em grupo – melhor seria em bando – filmam e postam nas redes sociais seus atos criminosos como se fosse um grande feito.

São malfeitores que ridicularizam toda a cidade, notadamente às autoridades da área de Segurança Pública que, essa semana, reagiram. É preciso reprimir com a letra fria da Lei em todos os seus níveis esse tipo de coisa. Que as autoridades identifiquem cada um desses criminosos e os enquadrem.

As motocicletas que ainda nos socorrem na pandemia com o delivery, agora estão sendo vistas com outros olhos. Muitos destes motoqueiros que empinam suas motos como pipas, já se envolveram em acidentes e continuam se locomovendo sobre duas rodas, só que desta vez em cadeiras, e isso também queremos evitar.

Nossa opinião estabelece uma profunda diferença entre os que usam esse veículo de forma civilizada e os usa de forma selvagem.