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Editorial | O Natal dos passarinhos

Não podemos esperar que esse problema viralize nas redes sociais para nos tornamos solidários

Opinião
Por Editorial
20 de dezembro de 2020 - 6h12

Porque é Natal, essa edição publica uma reportagem inspiradora de dois pequeninos – Guilherme de 7 e o Gabriel, de 4 anos – que comoveram o Brasil, ficando conhecidos como os “Irmãos Caçadores”. Aconteceu em Farol de São Tomé, quando os dois, cada um com seus estilingues, caçavam passarinhos e ao serem repreendidos por um homem que passava em um carro, o menor disse “estamos sem carne em casa”.

A frase comoveu e embrulhou o estômago de quem a ouviu da boca de Gabriel. Postado na Internet e depois com desdobramentos em reportagens diversas, eles se viram cercados de solidariedade. Embrulharam o estômago dos que tinham barriga cheia e por tudo isso, eles terão certamente um Natal diferente neste ano, com ceia farta.

Desembrulharão muitos presentes que chegaram de várias partes do país e do mundo. Esse é o espírito do Natal que deve inspirar a todos. Existem milhares de Guilhermes e Gabrieis pelas ruas, com estilingue nas mãos e sem carne em casa. Não podemos esperar que esse problema viralize nas redes sociais para nos tornamos solidários.

A chefe de Reportagem do Terceira Via, Roberta Barcelos e o repórter Bernardo Rust contam como deverá ser o Natal de Guilherme e de Gabriel. Um Natal bem diferente dos anteriores por consequência do destino que naquele dia os espreitou caçando passarinhos. Passarinhos são eles, as crianças, que muitas vezes a sociedade, mesmo sem perceber, fere ou mata com estilingues ou coisas que se assemelham.

Feliz Natal e boa reflexão, porque somos caçadores de nós.