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Disputa para presidência da Câmara de Campos segue acirrada nos bastidores

Tanto veteranos quanto novatos são cotados para a posição mais importante da Casa que pode, inclusive, assumir prefeitura

Geral
Por Marcos Curvello
5 de dezembro de 2020 - 13h27

Faltando menos de um mês para a posse dos 25 vereadores eleitos em novembro, a disputa pela presidência da Câmara Municipal de Campos vem mobilizando os esforços de diferentes grupos políticos nos últimos dias. Entre os principais cotados a assumir a condução da Casa de Leis estão nomes com e sem experiência anterior, que caminharam tanto ao lado de Wladimir Garotinho (PSD) – que recebeu maioria dos votos – quanto do candidato derrotado Caio Vianna. Os prováveis nomes já foram destaque na Coluna do Balbi, na edição on-line do Jornal Terceira Via, antes mesmo do segundo turno eleitoral.

Os componentes da Mesa Diretora da Câmara durante o biênio 2021-2022 serão escolhidos pelos vereadores por meio de uma votação aberta e por maioria simples, que acontece na primeira sessão com quórum da nova Legislatura, geralmente após o rito de posse, e é presidida pelo parlamentar mais votado presente.

Os mais cotados

Um dos principais nomes na disputa é Abdu Neme (Avante). Indo para seu quinto mandato, o médico cardiologista de 64 anos entra na disputa com a força dos 5.574 votos que o fizeram o candidato ao Legislativo com melhor resultado em 2020. Embora tenha apoiado Caio Vianna no segundo turno, é um antigo aliado da família Garotinho e um situacionista contumaz, que pode agradar o Executivo caso consiga gerar consenso entre os colegas e caso Wladimir obtenha decisão favorável na justiça eleitoral e seja diplomado prefeito.

Ex-secretário de Gestão de Pessoas e Contratos durante a gestão de Rosinha Garotinho na prefeitura, Fábio Ribeiro (PSD), foi membro da tropa de choque garotista na Casa de Leis entre 2012 e 2016. Considerado um dos vereadores governistas (caso Wladimir seja eleito, de fato) favoritos à presidência da Mesa Diretora, o servidor público estadual de 52 anos deve contar com o apoio da bancada do PSD, a maior da próxima Legislatura, com um total de quatro vereadores eleitos.

Prestes a assumir seu primeiro mandato eletivo, Marquinho Bacellar (SD) pretende refazer os passos do pai, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Marcos Bacellar. Irmão do deputado estadual Rodrigo Bacellar, o empresário de 36 anos chega turbinado por 4.836 votos e pela força política de seu grupo. Mas, para isso, precisará pacificar a bancada do Solidariedade na Casa, que conta com dois membros, ambos de olho na presidência.

Outros candidatos

Eleito para seu segundo mandato consecutivo, Igor Pereira (SD), foi parte da base de apoio de Rafael Diniz (CDN) na Câmara, rompeu com o prefeito, caminhou ao lado do candidato a prefeito Dr. Bruno Calil (SD) no primeiro turno e declarou apoio a Wladimir Garotinho, no segundo. Aos 39 anos e com experiência na administração pública, tenta se firmar como uma liderança no Executivo, mas poderá enfrentar seu próprio colega de bancada.

Rogério Matoso (Foto: Prefeitura de Campos dos Goytacazes)

Rogério Matoso (DEM) é outro candidato natural à presidência da Câmara, uma vez que já presidiu a Casa durante a interinidade de Nelson Nahim como prefeito, após a primeira cassação da então prefeita Rosinha Garotinho, em 2010. O empresário de 40 anos concorreu como vice-prefeito de Arnaldo Vianna em 2012, foi candidato a prefeito em 2016, secretário de Trabalho e Renda da gestão Rafael Diniz e apoiou Wladimir Garotinho no segundo turno.

Por fim, Helinho Nahim (PTC) assume seu primeiro mandato a um cargo eletivo como um nome potencial para o comando da Mesa Diretora. O empresário de 36 anos é filho do ex-prefeito e ex-vereador Nelson Nahim, e foi superintendente de Entretenimento e Lazer de Rafael Diniz. No primeiro turno, fez parte da coligação de Dr. Bruno Calil, mas no segundo turno declarou apoio a Wadimir Garotinho, de quem é primo.

Outros cargos

Além do presidente da Casa, serão eleitos o primeiro e o segundo vice-presidentes, além dos titulares de duas secretarias e dois suplentes de secretários, conforme regimento interno da Casa.

Os cargos são considerados estratégicos para o jogo de poder do Legislativo. Caso haja consenso entre os membros, as candidaturas a cada cargo podem ser únicas, o que torna a votação uma mera formalidade. Mas, geralmente os cargos são visados por mais de uma sigla e pelas bancadas em formação.

Qualquer vereador pode se inscrever para concorrer a um cargo na Mesa Diretora, seja individualmente ou integrando uma chapa.