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Fase Amarela: comércio de Campos teme queda nas vendas de Natal

Volta de restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento de estabelecimentos pode representar perdas de 10% a 15%

Economia
Por Redação
1 de dezembro de 2020 - 10h16

(Foto: Carlos Grevi)

Entidades que representam o comércio de Campos manifestaram preocupação com a decisão da Prefeitura de regredir à Fase Amarela do plano de retomada das atividades econômicas e sociais após quase dois meses na Fase Verde. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), a decisão pode prejudicar as vendas de Natal.

A expectiva do setor era de que, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o Natal registrasse aumento nas vendas, impulsionadas pelo Auxílio Emergencial do Governo Federal. Porém, com a volta à Fase Amarela, a circulação de pessoas em shoppings foi reduzida a 50% da capacidade, vedada a entrada de menores de 6 anos e maiores de 60. Isso deve diminuir a quantidade de consumidores nas ruas durante o fim do ano, dizem as entidades.

Segundo o presidente da CDL, José Francisco Rodrigues, a volta de restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento de estabelecimentos pode representar perdas de 10% a 15% em relação à projeção inicial.

“Ficamos o ano inteiro aguardando a chegada de dezembro e, agora, a Prefeitura quer cercear as condições de funcionamento do comércio. O lojista se preparou para o Natal, fez estoque, obedece às regras sanitárias, mantém distanciamento, disponibiliza álcool gel, exige máscara e controla a temperatura de quem entra. Não pode, mais uma vez, pagar a conta”, diz José Francisco.

Presidente da Acic, Leonardo Castro de Abreu faz avaliação semelhante e lembra as aglomerações causadas por atos políticos durante o primeiro e o segundo turnos das eleições municipais.

“Entendemos que o número de casos de pacientes infectados pela Covid-19 aumentou, mas durante o período eleitoral a Justiça Eleitoral liberou os comícios e concentrações entre os candidatos e o público e a fiscalização por parte do órgão responsável não conseguir atuar em todos os locais. Agora, vem esse decreto nº 365, que entrou em vigor nesta segunda-feira, e pune os empresários que cumpriram todas as exigências previstas pelos decretos anteriores” concluiu.