Presidente da APAPE, Naira Peçanha (Foto: Silvana Rust/Arquivo)
Há 21 anos atendendo crianças, adolescentes e pais de pessoas especiais, a APAPE está sempre em busca do melhor para oferecer aos seus assistidos e nesse momento de pandemia, não seria diferente. Ao invés de cruzar os braços, eles resolveram dar as mãos, ser ainda mais fortes e resolveram pedir ajuda a toda sociedade civil. A criação de uma “vakinha virtual” através das redes sociais e o projeto de adotar uma família também pelo meio virtual, chegaram em ótimo momento, podendo assim não desamparar nenhuma das trezentas que tanto dependem da instituição.
Desde o início da pandemia, a instituição tem ofertado atendimentos via home office e presencial reduzidos, seguindo todos os protocolos recomendados pela OMS. Além disso, já foram entregues 2200 cestas básicas acrescidas de carne, frutas, legumes e verduras, como também 2200 kits de higiene pessoal e limpeza. A instituição organizou um protocolo emergencial para pedir o apoio de toda sociedade. A presidente da APAPE, Naira Peçanha, relata como a ideia foi criada. “Durante esse tempo percebemos que as famílias começaram a ter dificuldades e apresentá-las em necessidades básicas dentro do lar. Foi aí que pensamos na criação do link com questionário emergencial para estarmos dialogando com as famílias e assim foi apontado a real necessidade de cada uma delas”, diz.
“Desde que iniciou a quarentena começamos um trabalho estratégico em função dos usuários e famílias. Essa iniciativa foi avaliada pela equipe técnica quando as crianças com maiores complexidades tiveram que continuar sendo atendidas de forma presencial, porém reduzida. Com todas as orientações da OMS e da Vigilância em Saúde do município, as equipes entraram no sistema de trabalho home office, executando atividades lúdicas e culturais com as crianças para que pudessem permanecer na construção da autonomia de cada uma delas”, conta ainda a presidente da APAPE.
Segundo a presidente, durante todo esse tempo nenhuma criança que é assistida pela instituição foi contaminada com a Covid-19. Apenas 0,5% dos cuidadores tiveram contágio com a doença e apenas dois pais do leito familiar foram ao hospital. “Todo o esforço está valendo a pena por estarmos conseguindo manter a saúde e a segurança dessas famílias. Temos também uma equipe de saúde fazendo todo o monitoramento, o que nos dá ainda mais tranquilidade”, frisa.
Ajuda
A “vakinha solidária” pode ser acessada através do instagram @apapecampos para doações acima de 25 reais – que é o valor mínimo oferecido pelo site. Essa arrecadação poderá ser feita até 30 de novembro. Além disso, há também a possibilidade de contribuição através do projeto “Cuidando de quem cuida”, um carnê onde a pessoa pode adotar uma família com doações a partir de 10 reais. Fora todos os outros tipos de doações que a APAPE recebe na sede que fica na Saldanha Marinho, 190/198, Centro.
