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Doar salva vidas

Seja sangue, medula ou órgãos, doar é um ato de amor ao próximo

Saúde
Por Taysa Assis
25 de outubro de 2020 - 18h12

Transplantada | há onze meses com uma vida nova, Priscila está de volta aos braços da sua família

Um ato simples, doar sangue, pode mudar a vida ou ajudar muitas pessoas. Neste ano, no mês de outubro é comemorado um ano da Campanha “Doe Esperança, Doe Medula”, organizada em Campos. A ação foi a maior dos últimos 10 anos no estado do Rio de Janeiro e a terceira do Brasil. Na época, foram 3.570 novos cadastros no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Para comemorar esta data especial, uma grande mobilização foi feita para que a corrente do bem pudesse continuar no município, desta vez para a doação de sangue no Hemocentro Regional do Hospital Ferreira Machado que atende as regiões Norte e Noroeste Fluminense e os estoques são sempre muito precários, ainda mais, em tempos de pandemia. Durante sete dias foram contabilizados cerca de 200 novos cadastros e doações na unidade.

Campanha | Alessandra Ribeiro e Diretora do Hemocentro comemoram

Essa forma rápida de ajudar ao próximo beneficiou Priscila Pixoline durante todo o tratamento de leucemia, em que ela precisou de dezenas de bolsas de sangue e recebeu várias transfusões de plaquetas e hemácias para a doença estável. Onze meses após o transplante de medula e graças a esse ato de amor, a professora superou o problema e está de volta a sua família.

“Não tem como não se emocionar com tudo que está acontecendo, tenho amor e carinho enormes por todos que lutaram comigo, mas que infelizmente se foram. Eu me sinto abençoada, vitoriosa, porque Deus fez isso com um propósito. O sangue está na sua veia, mas para quem está recebendo faz uma diferença enorme. Se pessoas não tivessem ido doar, eu não poderia voltar pra casa. Nessa caminhada, eu fui acolhida por todos. A primeira campanha foi uma resposta linda, a cidade abraçou a causa. Eu só tenho a agradecer e perpetuar a importância dessas doações. Eu vou continuar lutando para que outras famílias que vivem o que eu já vivi, possam ter um final feliz”, declara.

Doação | Voluntários aderiram mais uma vez à campanha do Hemocentro

Novo Banco

O Hemocentro Regional de Campos funciona anexo ao Hospital Ferreira Machado e atende de segunda a sexta-feira, além dos finais de semana e feriados. Devido a pandemia, uma série de cuidados foram adotados para dar mais segurança e tranquilidade aos doadores. Com sucesso da campanha em 2019, o hospital acaba de ter a aprovação do Estado para ser um pólo de cadastro de doadores de medula. Novas etapas do processo estão sendo cumpridas para que em breve o local possa começar a fazer os cadastros.

“Atualmente só é possível fazer esse cadastro para ser doador de medula no Inca, no banco de sangue do Hospital Pedro Ernesto e no Instituto Estadual de Hematologia, Arthur de Siqueira Cavalcante (Hemorio), todos na capital. Isso é um ganho enorme para a cidade, estamos radiantes com tudo que está acontecendo e queremos tocar no coração das pessoas e elas passem a serdoadoras”, informou a diretora geral do Hemocentro, Sandra Chalhub de Oliveira.

É clichê, são alguns minutos para fazer esse ato, apenas uma picadinha no braço e um coração cheio de solidariedade. “Um dos nossos apelos era para que as pessoas pudessem doar, dando continuidade a essa ação solidária, esse espírito bom, doando empatia”, comenta a jornalista, Alessandra Ribeiro.