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Ex-secretário de Educação do Rio, Pedro Fernandes tentou esticar prisão domiciliar

Diagnosticado com Covid-19, ele tentou argumentar que precisava fazer novos exames; mesmo assim, foi detido

Justiça
Por Redação
1 de outubro de 2020 - 9h02

Pedro Fernandes (de blusa branca e boné) chega no IML para fazer corpo de delito. (Foto: Pedro Teixeira/Extra)

Por determinação da Justiça, a prisão domiciliar do ex-secretário de Educação do Rio, Pedro Fernandes, acabou ontem, e ele foi levado para o sistema penitenciário. Policiais da Corregedoria da Polícia Civil chegaram a seu apartamento, num condomínio na Barra da Tijuca, pela manhã, quando Fernandes se preparava para tomar café. Ele, que havia obtido o benefício de ficar em casa por estar infectado com o novo coronavírus, ao receber voz de prisão nesta quarta-feira (30), tentou argumentar que precisava fazer novos exames. Mesmo assim, foi detido.

Investigado na segunda fase da Operação Catarata por supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado, o ex-secretário chegou à sede da Polícia Civil em um carro descaracterizado e usou uma mochila para cobrir o rosto.

Depois de pouco mais de uma hora no local, ele foi levado para no Instituto Médico-Legal (IML), na Leopoldina, para exame de corpo de delito. De lá, seguiu para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, e, em seguida, seria transferido para Bangu 8.

Uma decisão da juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal, determinava que a prisão preventiva de Fernandes fosse cumprida tão logo ele ficasse curado. Mas, no dia 15 deste mês, o desembargador Marco Antonio Ibrahim decidiu levar o caso da primeira instância para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça porque, naquele momento, o político ainda era secretário de Educação. No dia seguinte, ele foi exonerado pelo governador em exercício, Cláudio Castro.

Pedro Fernandes foi preso por ações nos governos Cabral e Pezão, à frente da Fundação Leão XIII. (Foto: Domingos Peixoto/Extra)

Em nota, a defesa de Fernandes afirmou ter alertado sobre a necessidade de novos exames médicos, uma vez que o ex-secretário “não teve alta médica. Isso quer dizer que ele ainda pode estar transmitindo a doença. Mesmo assim, houve a decisão de hoje que revoga a prisão domiciliar”. Na decisão da juíza Ana Helena Mota Lima Valle é pedido um relatório médico de Pedro Fernandes no prazo de cinco dias a partir do ingresso no Sistema Prisional.

Operação Catarata

A segunda fase da Operação Catarata culminou na prisão de quatro investigados, incluindo Fernandes, em 11 de setembro. A ação investiga supostos desvios em contratos de assistência social, entre 2013 e 2018. Pedro Fernandes foi preso por ações em sua gestão na Secretaria estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos Cabral e Pezão, enquanto estava à frente da Fundação Leão XIII. O MP e a Polícia Civil informam que o esquema pode ter desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos através de contratos fraudulentos.

Fonte: Extra Online