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Brasil perto dos 5 milhões de casos confirmados de Covid

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Guilherme Belido Escreve
Por Guilherme Belido
27 de setembro de 2020 - 0h01

Assustadora marca deverá ser alcançada na próxima semana 

Com o início da propaganda eleitoral – espécie de largada que coloca em andamento o processo de escolha de vereadores e prefeitos – em tese seria mais apropriado que o pleito 2020 figurasse como destaque desta página, até mesmo em virtude da maior afinidade do autor com o tema político, relativamente a outros.

Entretanto, as circunstâncias que envolvem a pandemia do novo coronavírus seguem como assunto preponderante face aos efeitos e reflexos da doença, que a cada semana produz novas incertezas e inseguranças, afetando sobremaneira a vida dos que têm consciência de que se está a travar uma guerra contra a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, bem como surpreendendo os que a tomaram por “gripezinha” e agora, quando enxergam que a Covid já matou mais que 140 mil pessoas no Brasil – o que é mais que as populações de Itaperuna e São João da Barra juntas, com as escusas pelas citações das referidas cidades, trazidas apenas para pôr em perspectiva o tamanho da tragédia – finalmente entendem o momento catastrófico.

Isso, ressalvando a parcela de negacionistas convictos que, por maior, mais evidente e doído que seja o desastre humano, simplesmente dele não querem tomar conhecimento. E ponto.

Óbitos aumentam 19,4% na comparação de dois períodos: 6.514 de 05 a 14/09, contra 7.766 de 15 a 24/09

Questão tratada domingo passado, o ‘espectro’ da Covid retorna à página face ao desanimador cenário que marcou a semana, registrando aumento no número de mortes de quase 20% em dois períodos de 10 dias: de 05 ​a 14 de setembro, 6.514 óbitos; e nos 10 dias seguintes, de 15 a 24, 7.766 mortes.

O País, que chegou a ter apenas dois estados com alta no registro de mortes, viu o número subir para oito. O Rio de Janeiro, por exemplo, que por três ou quatro semanas esteve em curva decrescente, amargou revés nos últimos dias, com significativo aumento no número de óbitos até sexta-feira (25), quando se fechou esta edição.

Mais que desanimador ou preocupante, assusta que a doença, que sinalizava aparente controle, exiba sinais de retomada, deixando claro que não existe segurança alguma sobre o que é desconhecido.

Aproximando dos 5 milhões de casos 

Somando mais de 4,6 milhões de casos confirmados até 6ª-feira (25), o Brasil deverá atingir a assombrosa marca de 5 milhões de infectados na próxima semana, possivelmente entre os dias 04 e 06 de outubro.

A Covid vem se fazendo ver por altos e baixos – mais aqueles do que estes – ameaçando segundas ondas em várias partes do mundo. O Reino Unido fechou a semana batendo recorde de casos, o que caracteriza a possibilidade de retorno do coronavírus de forma ainda mais agressiva.

Em se tratando de imunização, Manaus pode ter alcançado a chamada imunidade coletiva, ou de rebanho – o que não é dado como absolutamente certo. Contudo, se a curva observada lá ocorresse em São Paulo, a capital paulista poderia ter uma mortalidade três vezes maior do que tem hoje.

Insegurança –Vale lembrar o que disse há alguns meses o diretor de operações de emergência da OMS, Michael Ryan, “o vírus explora sistemas de saúde fracos. O vírus explora a má governança. O vírus explora falta de educação e falta de empoderamento das comunidades”.

Alguma semelhança?