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Coluna do Balbi | Bilionário judeu sobrevivente do holocausto vai pagar rombo do Banco Morada

São R$100 milhões que o Cédula S/A deve aos campistas

Coluna do Balbi
Por Coluna do Balbi
24 de setembro de 2020 - 16h26

Judeu Michel Stivelman (Foto: reprodução)

O maior escândalo financeiro de Campos – o do Banco Morada (BMR) – que lesou centenas de pessoas no ano de 2005, está perto de ter um final feliz para os credores, conforme anunciou hoje o Jornal do Brasil em edição on-line. O caso que envolve o banco Cédula foi julgado e transitado em todas as instâncias e, agora, entra na fase de execução, ou seja, cobrança da dívida que gira em todo dos R$ 100 milhões.

Esses R$100 milhões vão sair do rico patrimônio do bilionário polonês Michel Stivelman, judeu sobrevivendo do holocausto e bastante conhecido no mercado financeiro. No início, ele era doleiro e depois comprou uma corretora que virou banco, no caso, o Cédula que ainda mantém uma agência no Centro do Rio. O Cédula em Campos associou-se ao Banco Morada que oferecia rendimentos três vezes maiores que a taxa de juros dos bancos oficiais.

Uma sexta-feira que os credores jamais se esquecerão, a agência do Morada em Campos, no coração da cidade, no Calçadão amanheceu fechada. Centenas de pessoas que tinham dinheiro aplicado no Morada entraram em desespero. Sem lastro para honrar os depósitos, um dos donos do Morada, Luiz Maurício de Souza Rangel, se matou com um tiro no peito na praia de Grussaí e seu sócio, Maurício Bicudo Madruga, tentou suicídio ingerindo veneno. Hoje, ele vive fora de Campos com problemas psiquiátricos.

Em 14 de dezembro de 2016, a 6ª Vara Cívil do Rio de Janeiro já havia condenado o Banco Cédula S/A em uma ação individual de um cliente lesado pelo BMR, ou seja, o Morada.

O advogado Fernando Muller, que tem uma das mais influentes bancas de advocacia de Campos, representa dezenas de lesados neste processo. Segundo ele, agora este caso entra na fase de execução das dívidas com a penhora de bens do Banco Cédula S/A, cujo proprietário tem uma grande quantidade de imóveis espalhada pelo Brasil e até mesmo no exterior. Muller disse ainda que as ações de execuções serão individuais.
O poder do banqueiro se estende aos Estados Unidos, onde possui uma financeira comandada por seu filho.

O Ministério Público teve grande participação neste processo. Entrou com uma ação contra o banco de Michel Stivelman, responsabilizando-o pelo golpe praticado. O Banco Central já foi oficialmente comunicado desta ação de estelionato praticado pelo Banco Cédula, assim como as autoridades americanas, onde Stivelman possui uma financeira.