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Campanha “Todos pelo Bernardo” tenta custear tratamento de menino de 7 anos

Criança tem autismo, alergia múltipla grave, dificuldades motoras e uma série de outros problemas

Campos
Por Redação
24 de setembro de 2020 - 15h21

Bernardo tem 7 anos e luta contra vários problemas de saúde desde os 2 anos de idade (Foto: Arquivo pessoal)

O pequeno Bernardo, um campista de apenas 7 anos, precisa de ajuda para seguir com sua rotina de tratamento para uma série de doenças e problemas. Entre eles, síndrome do espectro do autismo, alergia múltipla grave (leite, soja, corante, e alguns alimentos, como banana e amendoim), dificuldades motoras, atraso na fala, dermatite atópica, asma, distúrbio do sono… A lista é grande e não para por aqui. A luta do menino começou antes de completar 2 anos de vida e os custos dos medicamentos e profissionais de saúde que o pequeno precisa visitar para ter o mínimo de qualidade de vida ultrapassa a renda familiar e, por isso, sua mãe, que está desempregada, organizou uma vaquinha on-line e a campanha “Todos pelo Bernardo”. No 21 de agosto os médicos que acompanham o garoto descobriram uma nova infecção que ainda precisa de exames para ser diagnosticada.

De acordo com a mãe, Karen Ribeiro Siqueira, Bernardo precisa de acompanhamento neurológico, psiquiátrico, faz uso de medicação controlada diariamente que custa além do valor estipulado do Benefício Assistencial. Tal benefício é garantia constitucional do cidadão, presente no art. 203, inciso V da Constituição Federal, sendo regulamentado pela Lei 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS).

Bernardo e Karen (Foto: arquivo pessoal)

“Meu filho apresenta quadro de atraso fonético e comportamental, associado com evolução de crises de ansiedade, de nervo, agitação flutuante, descontrole emocional e facial, além de sintomas de Transtorno Opositor Desafiador (TOD), que piora sua condição em situações de estresse físico e emocional, decepção e ao ser contrariado. Ele necessita de acompanhamento multiprofissional, terapia de apoio, psicoterapia e atividades para auxiliar o seu desenvolvimento global”, comentou Karen.

A criança ainda sofre de enterocolite, que é uma inflamação do trato digestivo, envolvendo enterite do intestino delgado e colite do cólon; além de hipotonia, que é a diminuição do tônus muscular e da força.

Segundo Karen, dentre os profissionais que auxiliam o menino, há necessidade de visitas periódicas ao neurologista, ao psiquiatra, ao geneticista, ao gastroenterologista, ao alergista, ao pediatra, ao fonoaudiólogo, ao psicólogo, ao terapeuta.

Para tratar dos problemas de pele, ele usa sabonetes, cremes e hidratante específicos e uma lista extensa de medicamentos de uso controlado. Só de remédio contínuo psiquiátrico são pelo menos oito tipos. “Moramos de aluguel, pagamos e luz, entre outras despesas. Estamos com novo encaminhamento de rastreamento de exames que são pagos”, contou a mãe.

Só de medicamentos, Karen revela que menino gasta mais de R$ 1 mil por mês. Sem falar nas consultas. Ela pede qualquer tipo de contribuição, seja remédio, alimentos, roupas (10/12 anos) e calçado (33/34). As doações também podem ser feitas em nome da mãe, Karen Ribeiro Siqueira, na Caixa Econômica Federal, Agência 1927, operação 013, conta poupança 00005152-1. Também é possível doar pela internet (AQUI).

“Este exame que Bernardo precisa não é realizado pelo Sistema único de Saúde e planos de saúde também não cobrem. Ele custa R$ 650 e precisamos de urgência para podermos descobrir exatamente o que é essa nova infecção e poder tratar”, disse a mãe.

Karen passou recentemente por um procedimento para doar medula e doou também seu cabelo (Foto: Arquivo pessoal)

Luta na Justiça
O pequeno precisa de novos exames e trocou recentemente de medicamentos. Segundo Karen, que é enfermeira, os novos remédios que Bernardo passou a usar não são fornecidos pela rede pública, onde a mãe da criança disse já ter tentado pedir ajuda. No entanto, segundo ela, ainda não obteve resposta.

“Acionei a Justiça em 2018 para receber os medicamentos do meu filho, mas o processo não foi julgado até hoje. Como os medicamentos foram trocados recentemente, preciso fazer um novo processo solicitando tais remédios. Só que Bernardo não pode ficar esperando a Justiça decidir, ele precisa dos medicamentos”, comentou a mãe.

Solidariedade
Karen fundou o projeto “Abraço Solidário”, que ajuda pessoas em Campos com os mais variados tipos de problema. Agora, quem precisa de ajuda é seu filho. Recentemente a enfermeira doou medula óssea no Instituto Nacional de Câncer (Inca) e ainda está se recuperando do procedimento. Ela também doou o cabelo para a mesma pessoa que recebeu sua medula.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que está à disposição e destaca que possui em estoque os medicamentos de atenção básica citados na solicitação.