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Fumaça vinda do Pantanal passou por Campos, afirma especialista

Com chegada de uma frente fria na região, os efeitos do fenômeno provocado por queimadas no Centro-Oeste foram atenuados e despercebidos

Meteorologia
Por Redação
21 de setembro de 2020 - 18h17

Há previsão de que frente fria dure até quatro dias em Campos e região (Fotos:JTV)

A frente fria que está passando pela região Sudeste trouxe pouca chuva a Campos dos Goytacazes nesta segunda-feira (21). De acordo com a meteorologia, o fenômeno deve durar de três a quatro dias. O clima ameno e mais úmido fez com que um outra reação climática não fosse sentida na cidade nas últimas 24 horas: a chegada da fumaça proveniente do Pantanal, no Centro-Oeste do país, que vem sofrendo há dias por conta de queimadas naquela região. Meteorologistas alertaram que a fumaça vinda dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul seria identificada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro no último fim de semana.

De acordo com o meteorologista e integrante do Instituto Histórico e Geográfico de Campos (IHGC), Carlos Augusto Souto, foi constatado que o efeito da fumaça que cruzou o país em direção ao Oceano Atlântico na região Sudeste, passou por Campos no domingo (20). Porém, as partículas sólidas presentes na fumaça não foram consideradas de maior impacto ou intensidade. O céu chegou a ficar encoberto por nuvens trazidas pela frente fria, com chuvas isoladas e queda na temperatura, além de ventos mais fortes.

No início da noite desta segunda-feira (21) choveu fraco em alguns pontos da cidade

“Em dias de sol, a visibilidade a olho nu pode alcançar até 20 quilômetros na linha do horizonte. No domingo, a visibilidade estava em em torno de seis quilômetros. O que verificamos com o volume de fumaça oriunda do Pantanal não foi suficiente para identificação, pois além da densidade baixa, não havia cheiro. Estamos iniciando um período de nova seca”, disse.

Ainda segundo Carlos Augusto, a frente fria em Campos pode durar até quatro dias com temperatura mais amena e chuvas ocasionais. A umidade do ar está ajudando a tornar o ambiente mais limpo em todo o município e região vizinha.

“Ainda não dá para afirmar como serão os próximos dias, pois se não chover na região atingida por queimadas no Pantanal, os efeitos poderão voltar a ser notados aqui no Sudeste. Lá, deve-se aguardar para saber os desdobramentos dos incêndios, as condições dos ventos. Se caso chover onde há focos de queimadas, possivelmente, isto trará benefícios para aquela região do Centro-Oeste, assim como para o resto do país”, conclui.

Meteorologista Carlos Augusto Souto, membro do IHGC (Foto: Reprodução)