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Opinião: um ano de muitas e poucas lições

Pandemia fez capotar o ano letivo, e as aulas em todos os níveis foram suspensas ou mudaram seu formato

Editorial
Por Editorial
6 de setembro de 2020 - 0h01

(Foto: Carlos Grevi)

Ninguém duvida de que 2020 será um ano que estará em todos os livros de história dos próximos séculos. Crianças do quarto milênio vão estudar detalhes desta pandemia ainda em curso, assim como as de hoje estudam a gripe espanhola. Estudam, mas exatamente neste ano, nem tanto.

A pandemia fez capotar o ano letivo, e as aulas em todos os níveis foram suspensas ou mudaram seu formato. Escolas e universidades particulares optaram pelo ensino remoto para tentar salvar o ano, mas isso é uma pequena parte de um todo.

Existem muitas dúvidas e questionamentos sobre o retorno às salas de aula enquanto não há remédio ou vacina disponíveis para a Covid-19. Em Campos, o setor da Educação se mobiliza para a possibilidade de regressar ou não em 2020. Seja qual for a decisão, consequências virão. Pais de alunos, profissionais do ensino, técnicos e governantes tentam uma solução que não é nada fácil.

Não poderíamos culpar aos pais que impedissem os filhos de voltar às escolas caso elas fossem reabertas hoje. Fato é que um semestre todo foi perdido, e esse segundo dificilmente será recuperado. Além do desemprego, essa será uma das mais tristes sequelas deixadas pela pandemia.

E o mais grave disso tudo é que existem mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas. O cenário mais provável é de que a situação possa ter um novo normal em 2021, mas principalmente as escolas públicas terão que fazer um grande esforço de recuperação dos alunos.

O ensino em tempo integral seria uma das soluções, mas custa caro, principalmente em um ano que tende a ser de recuperação econômica. Porém, os educadores afirmam que não existe investimento melhor para um país do que a educação. Essa descontinuação dela, provocada pela pandemia, preocupa.