Filho de libaneses, Adel está hospedando em Campos uma irmã e o cunhado que moram em Beirute. O casal veio visitar parentes em Campos e não puderam voltar por causa da pandemia da Covid-19.
Adel diz que levará muito tempo para a cidade de Beirute voltar à normalidade e acrescenta que serão muitas as sequelas. “Estamos preocupados principalmente com a saúde do povo, porque não sabemos das consequências nestas áreas. Em termo de logística, o estrago é imenso. O porto, que é o maior do Oriente Médio, foi totalmente destruído. O prejuízo é incalculável”, disse.
O empresário, que vai a Beirute pelo menos uma vez por ano, tem assento na Câmara de Comércio Exterior e frequenta pelo menos uma vez a cada dois meses a Embaixada do Líbano em Brasília.
No que diz respeito ao comércio entre o Brasil e o Líbano, ele disse que o Líbano compra 400 milhões de dólares por ano do Brasil e vende 15 milhões de dólares em mercadorias diversas.
Sobre a colônia libanesa em Campos, disse que é uma das maiores do país. Lembrou que Campos foi a primeira cidade do país a ter um Clube Libanês, inaugurado em 1927, seguido de São Paulo em 1939 e do Rio de Janeiro de 1947.
Em Campos, são muitas as referências do Líbano, principalmente no comércio, com famílias de emigrantes que aqui se tornaram tradicionais. Uma das marcas do Líbano na cidade é o restaurante Kantão do Líbano, na Pelinca. Até pouco tempo existia na avenida Alberto Torres uma lanchonete chamada Beirute.