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Energia solar esquenta em Campos

Atualmente, novas empresas foram autorizadas pela prefeitura para funcionarem no município

Geral
Por Ocinei Trindade
28 de julho de 2020 - 14h07

Guilherme Castro é do setor de energia solar em Campos (Foto:Reprodução)

Em 2019, o Brasil atingiu a marca de 10 mil empresas que atuam com energia solar. Os dados são do Portal Solar, especialista do setor. Os  investimentos foram em torno R$ 24 bilhões em grandes usinas, instalações em residências, comércios e indústrias. O segmento demonstra fôlego para crescimento em 2020. Em Campos, três novas empresas foram licenciadas pela Prefeitura para funcionamento este ano. Ao todo, há 13 empreendimentos voltados para energia solar em atividades.

O diretor Jones Alves tem experiência de 20 anos em manutenções elétricas, mas há cinco anos investiu em soluções de geração de energia solar. “Atendemos clientes de pequeno, médio e grande portes, oferecendo solução inteligente e econômica para quem precisa reduzir sua conta de energia. A economia pode ser até 95% na fatura de energia, além de contribuir com o meio ambiente e com energia limpa”, conta. Por mês, em média, 20 novos clientes procuram a empresa para contratação de serviços que podem custar de R$13 mil a R$300 mil, dependendo da geração de kilowatts por mês. “Cada cliente monta o sistema de acordo com a sua necessidade de consumo”, explica Jones.

A energia solar é considerada bem mais barata que a fornecida pelas concessionárias. O retorno do investimento para o consumidor pode variar em média dois anos. Porém, há quem veja vantagens logo no início da aquisição dos equipamentos de placas fotovoltaicas. Este é o caso do gerente de uma concessionária, Marcos Barreto. “Decidi pela energia solar. Investi R$18 mil. Minha conta chegava a R$500 mensais. Depois da energia solar, pago R$67 de conta. Para mim, valeu muito a pena”, afirma.

Jones Alves é investidor na área de energia solar (Foto: divulgação)

Quem também optou pela energia solar foi o dono de salão de beleza, Roberto Braga. “Contratei a instalação há mais de 15 anos. Nunca tive problemas. A economia é compensatória”, considera.

Com dez anos de  experiência o mercado, a empresa de energia solar de Victor Alvarenga tem alcançado mais clientes este ano. São 20 novos consumidores a cada mês, dispostos a pagar de pelo sistema residencial gira de R$11 mil a R$ 35 mil. “A procura tem sido grande por causa dos grandes ajustes tarifários dos últimos tempos. Só este mês há novo reajuste em torno de 4% na conta de energia”, cita.

Painéis solares em área central de Campos (Foto: Carlos Grevi)

Por causa do aumento de clientes e instalações, a empresa necessitou de mais mão de obra. “Hoje nossa equipe entre administrativo, vendedores e instaladores são 20 pessoas”. De acordo com o empresário do setor de energia solar, Ayrton Chagas, o interesse pela energia solar tem sido cada vez maior, desde a implantação da Resolução Normativa 482/2012 que foi o marco inicial do nosso setor no Brasil.

Temos visto um crescimento exponencial do mercado, principalmente a partir de  2018. Nossa empresa surgiu em 2017. A base de clientes atendidos cresceu 250% ao ano. Percebemos que a barreira inicial quanto a efetividade da solução tecnológica fotovoltaica foi quebrada pelos clientes pioneiros”, comenta.

Ayrton Chagas (Foto: Divulgação)

Ayrton Chagas considera o investimento de baixo risco, tendo um retorno médio de 3% ao mês. “Nosso projeto residencial inicial tem valor médio de R$ 10.000 para uma casa simples, R$ 25.000 para médio padrão, podendo chegar a R$ 50.000 para projetos maiores. A empresa atua também com projetos de comércio, indústria ou rural, porém os valores podem variar muito a depender do consumo do cliente Temos uma equipe de 10 pessoas”, comenta.

Economia e valorização Para Victor Alvarenga, a garantia do material com placas e equipamentos solares é longa, dura de cinco a 25 anos. “O imóvel valoriza. O retorno financeiro é melhor que muitos  investimentos, como poupança. E o financiamento fica  com prestação abaixo do que o cliente pagaria de energia”, diz. Já Ayton Chagas considera que entre outras vantagens, a energia solar não causa poluição ou emissão de gases de efeito estufa. “Ha valorização imobiliária em cerca de 8% com o sistema instalado”, afirma.

Victor Alvarenga (Divulgação)

De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, o alvará de funcionamento é obrigatório para qualquer empresa. Para a de energia solar, é necessária a avaliação da Superintendência de Postura para verificar requisitos como acessibilidade e se possui o Certificado do Corpo de Bombeiros. O órgão fiscalizador avalia e libera, se estiver de acordo com a legislação vigente. “No caso das empresas maiores, fazendas ou usinas fotovoltaicas, que geram maior impacto ambiental, as mesmas são licenciadas no modelo de LAS – Licença Ambiental Simplificada. Para o comércio deste tipo de material, é preciso de licença de inexigibilidade”, informou.

Geração de empregos
No mercado de energia solar há um ano e meio, o empresário Guilherme Castro foca em grandes projetos que variam de seis a dez por mês. O sistema residencial varia de R$ 11 mil a R$ 50mil. Já investimentos em empresas custam a partir de R$ 40 mil. “Nossa equipe é formada por 30 pessoas. No período de pandemia não só mantivemos o nosso quadro, como ocorreram contratações. Estamos intensificando desde março o trabalho social
com assistência de 20 famílias na margem da linha. A tecnologia é uma busca constante e só o melhor é aceitável. Buscamos dar 100% de satisfação para nossos clientes”, diz Guilherme.