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Editorial | O novo terá que ser o normal

É preciso que todos se atenham às normas de segurança, como o distanciamento social

Opinião
Por Editorial
12 de julho de 2020 - 0h01

(Foto: Carlos Grevi)

A reportagem Especial desta semana tem como objetivo sinalizar como o comércio de Campos tem se adaptado para o chamado novo normal. Todos sabemos que a pandemia do novo coronavírus alterou de forma extrema a rotina de tudo. Nesta chamada fase Amarela, que é de alerta, no cronograma de flexibilização elaborado pela prefeitura, ora em vigor, a reportagem acompanhou os primeiros sete dias de flexibilização do comércio e de serviços para apurar essa tendência de mudanças de hábitos.

As adaptações exigidas para que os lojistas voltassem a operar demandaram do segmento varejista um custo a mais, no entanto os empresários sequer têm a certeza de que vão continuar de portas abertas nas semanas seguintes, já que isso vai depender da evolução da Covid-19 no município.

A CDL estima que muitos não vão reabrir. Segundo a entidade, estes números ainda estão sendo compilados. Na CDL temos 1.200 associados, mas Campos tem mais de 4 mil comércios. E essa estimativa de 20 a 25% abrange todo o comércio. Interessante frisar que o comércio estabelecido cumpre rigorosamente os itens estabelecidos no Decreto e isso é salutar, praticamente um termo de comprometimento.

E para os empreendimentos que reabriram, o presidente da CDL garante que está valendo a pena, mesmo com tantas restrições impostas em prol da diminuição dos casos de coronavírus.  “A maioria dos clientes gosta do contato presencial, gosta de ir às lojas. Então está havendo essa procura. Apesar disso, um ponto a ser destacado é que o delivery tem aumentado muito e acredito que vai se sustentar. É um contexto novo para todo mundo”, ponderou José Francisco.

O serviço de delivery, que não é nenhuma novidade, é uma adaptação ampliada e consolidade, mas não suficiente para resolver a demanda de consumo. Muitas empresas começam a estudar plataformas de vendas online. Pode resolver a questão do comércio, mas como ficam os serviços? Como estão se adaptando os salões de belezas da cidade? O novo normal é complexo.

 A continuidade do retorno gradativo se faz necessário e nós esperamos que todos possam colaborar mais seguindo os protocolos. Empresários e prestadores de serviço vivem um misto de expectativa para a retomada das vendas e incerteza, já que a permanência das lojas abertas dependerá do controle da Covid-19.

Então é preciso que todos se atenham às normas de segurança, como o distanciamento social, uso de máscaras, higiene, entre outros. Importante perceber que esse é o ponto de partida para o novo. Quando a situação estiver sob controle, talvez tenhamos uma noção melhor de como será o amanhã. O vírus certamente não veio para ficar, como dizem os otimistas, mas fica claro que o novo ficará para sempre.