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Morre o ambientalista e ex-deputado Alfredo Sirkis

Fundador do Partido Verde tinha 69 anos e sofreu um acidente em Nova Iguaçu nesta sexta-feira

Obituário
Por Redação
10 de julho de 2020 - 19h07

Ex-deputado Alfredo Sirkis do Partido Verde (Foto: Reprodução)

Ambientalista, político, jornalista e escritor de 69 anos, Alfredo Sirkis morreu após bater de carro no Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Ele foi um dos pioneiros na luta pela preservação do meio ambiente no Brasil, e um dos fundadores do Partido Verde. O político morreu por volta das 13h50 desta sexta-feira (10), na BR-493, na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Sirkis estava sozinho no veículo, um Volkswagem Polo, e seguia em direção à Via Dutra. Na altura do km 74, saiu da pista, bateu em um poste e capotou.

Alberto Sirkis estava a caminho de um sítio em Morro Azul, perto de Vassouras, para visitar a mãe, Liliana, de 96 anos, em isolamento social por causa da pandemia. Ele é filho único, muito ligado a ela e costumava fazer o trajeto com frequência. Além disso, Sirkis também iria rever o filho Guilherme, que terminou mestrado recentemente nos Estados Unidos e está com a avó.

Segundo amigos, ele se programou para ir ao sítio neste fim de semana e saiu de casa por volta do meio-dia, horário que gostava de viajar. Sirkis também tem uma filha, que mora nos EUA. Sirkis era casado com a escritora e empresária Ana Borelli, com quem não tinha filhos.

Biografia
Alfredo Hélio Sirkis nasceu no Rio de Janeiro em 8 de dezembro de 1950, filho dos imigrantes judeus-poloneses Herman Syrkis e Liliana Syrkis.

Estudou em escolas particulares tradicionais da cidade até passar para o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp/UFRJ), onde se iniciou na política estudantil, na coordenação do grêmio.

Participou das manifestações contra a ditadura civil-militar de 1964, incluindo a Passeata dos Cem Mil, em junho de 1968.

Integrou grupos que praticavam ações de guerrilha urbana (Vanguarda Popular Revolucionária) contra o regime, incluindo sequestros de diplomatas. Em 1971, Sirkis se exilou no Chile, Argentina e Portugal, regressando ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia.

Como jornalista, atuou nas revistas “Isto É” e “Veja”, além de colaborar para vários outros jornais. Foi ainda roteirista na TV Globo, na série “Tele-tema”.

Autor de nove livros, ganhou o Prêmio Jabuti de 1981 por “Os Carbonários” (1980). Havia acabado de lançar seu último livro, “Descarbonário”. Sirkis foi um dos pioneiros na luta pela preservação do meio ambiente no Brasil, e um dos fundadores do Partido Verde, em janeiro de 1986. Em 1991, assumiu a presidência nacional do partido.

Fonte G1