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Policiais que foram deslocados para outros batalhões retornam a Campos

Pelo menos 84 policiais militares foram autorizados a retornarem após servirem em UPPs e outros batalhões da capital

Segurança
Por Redação
2 de julho de 2020 - 17h18

Sede do 8º Batalhão de Polícia Militar  de Campos (Foto: Silvana Rust / Arquivo)

Começou a valer a  partir de quarta-feira (1) decisão da direção interna da Polícia Militar Estado do Rio de Janeiro em devolver os agentes de segurança aos seus batalhões de origem. Nesta quinta-feira (2), o Jornal Terceira Via teve acesso a uma lista com mais de 80 nomes de policiais que estavam atuando em Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na capital  fluminense e Região Metropolitana. Além da UPP, alguns serviam em diferentes batalhões e em outras áreas de atuação da PM, em diferentes localidades e municípios, longe de suas residências. De acordo com a listagem, cerca de 30 policiais que pertencem originalmente ao 8º Batalhão de Polícia Militar de Campos estariam retornando às suas funções na região.

Algumas representações de policiais e parlamentares da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de Campos reivindicavam o retorno dos PMs aos seus batalhões de origem e próximos de seus endereços domiciliares, desde maio de 2017, quando houve convocação para o 23º Batalhão da Polícia Militar, no bairro do Leblon, no Rio, entre outros.  Desde então, a remoção e os deslocamentos dos agentes de segurança de Campos estariam causando uma série de desgastes e queixas por parte dos policiais por estarem muito distantes das famílias e das casas onde vivem. Outra reclamação de segmentos da sociedade era a defasagem local na cobertura policial em cidades como Campos dos Goytacazes.

Em 2017, durante a Operação Presença, no 7º BPM de São Gonçalo e Baixada Fluminense, policiais militares de Campos denunciaram “maus-tratos” no processo de transferência. Há quase três anos, os vereadores Alonsimar de Oliveira e Cláudio Andrade se manifestaram contrários às remoções de policiais de Campos para outros batalhões. Na ocasião, Alonsimar considerou “a transferência realizada de forma arbitrária, além de problemas com pagamentos de salários, hortas extras e 13º salário” naquele período.

Policiais do 8º BPM em 2017 durante remoção para São Gonçalo (Foto: Arquivo)

Em maio de 2017, o deslocamento de policiais era para reforçar a segurança na Baixada Fluminense e região de São Gonçalo. A Operação Presença objetivava prevenir e reprimir o roubo de rua e a veículos nas áreas em que houve maior incidência desses delitos.  A notícia na ocasião não gradou aos campistas, por conta da onda de violência também no município. O 8º BPM de Campos cedeu 40 policiais naquele momento. O 36º BPM de Santo Antônio de Pádua, 20 policiais; e outros 17 eram do 29º BPM de Itaperuna.