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Inverno chega e casos de doenças respiratórias aumentam

Nas estações mais frias, os casos de sinusite, rinite e asma atingem 30% da população

Saúde
Por Redação
25 de junho de 2020 - 14h05

Ronald Young é médico alergista (Foto: Carlos Grevi)

Com a chegada do outono e inverno, o número de espirros e tosses cresce já que muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. Nestas estações mais frias, há um aumento da incidência de alergias respiratórias, que são ocasionadas justamente pelo tempo seco e a baixa umidade relativa do ar. Com isso, há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que favorece o aparecimento de doenças respiratórias como a asma, bronquite, rinite e sinusite, atingindo 30% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. Para ajudar a melhorar este quadro, principalmente neste momento, diante da pandemia do novo coronavírus que também afeta bastante o sistema respiratório, existem dois caminhos: a Mudança de hábitos e a procura por assistência médica. Os cuidados e precauções em relação às doenças respiratórias têm que ser redobrados, tanto nas crianças como nos adultos. Convivendo há anos com um quadro de rinite e sinusite, a técnica em edificações, Lara Ribeiro, já sabe quais as
medidas deve tomar a partir de mudanças climáticas e também com a indicação de sinais do próprio organismo. “Tenho que manter o ambiente em que estou bem arejado e limpo, seja minha casa ou trabalho. Mesmo antes da pandemia, já higienizava esses espaços para evitar que a sujeira e a poeira se acumulassem perto de mim e os sintomas se iniciassem, como tosses e espirros. Além disso, é preciso buscar ajuda médica para de fato ter um diagnóstico, saber como será o tratamento e seguir as recomendações”, diz.

 

Alergia respiratória durante o inverno (Foto: Carlos Grevi)

Programa de assistência

Em Campos, existe o Programa de Assistência ao Paciente com asma e rinite (Proapar), que funciona na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)  foi reorganizado para dar suporte a cerca de 2.500 pessoas acompanhadas. Segundo o responsável técnico, Jetro Pereira, a equipe começou a perceber que com as consultas suspensas, por causa da atual situação mundial, os pacientes deixaram de buscar informações, por isso houve a
necessidade de promover mudanças. “Nós continuamos dando assistência Linha de sedativos| Indústria farmacêutica não dá conta da demanda e falta é registrada em todo o Brasil todo o suporte necessário. Mas, muitos pacientes com casos graves que a gente acompanhava não estavam buscando auxílio. A equipe do programa começou a fazer contatos telefônicos com essas pessoas para entender a situação de saúde atual e agora temos um resultado positivo com esse monitoramento, onde voltamos a assistir algumas pessoas que não estavam bem de saúde”, explica.

De acordo com o Programa Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, somente a asma atinge mais de 6 milhões de brasileiros, acima de 18 anos. Por isso, o programa municipal tem como objetivo atender os pacientes e alertá-los a respeito dos principais cuidados que devem ser tomados a fim de evitar piora no quadro clínico e assim manter uma condição de vida mais estável. “É importante ter todos os cuidados necessários e o programa tem esse papel importante de assistência. Os médicos também têm dado todo o suporte aos pacientes. Os profissionais permanecem no setor de 8h às 17h. Aqueles pacientes que são asmáticos, que têm rinite e não fazem parte do programa, o Proapar tem ainda buscado acolher essas pessoas, dar as orientações e, se necessário, fazer o atendimento. Mas, para isso, é importante apresentar um encaminhamento médico”, ressalta.

Mudança de hábitos

Para aqueles pacientes que têm necessidade de manter a medicação por uso contínuo, a informação principal, segundo o médico alergista, Dr. Ronald Young, é não suspender o tratamento. Além disso, o especialista recomenda a adoção de cuidados básicos no ambiente domiciliar. As mudanças nos hábitos de vida também contribuem para o aumento das doenças respiratórias, pois ficamos mais tempo em ambientes internos e expostos ao ar condicionado. As pessoas mais sedentárias, que dormem pouco e se alimentam mal, prejudicam a resposta de defesa do organismo.
“A preocupação básica nesse período de pandemia está relacionada aquelas medidas já tradicionais: manter uma casa bem arejada, limpa e diminuir a quantidade de poeira, evitar o ventilador ou ar condicionado virado para o rosto das pessoas, pois resseca as vias respiratórias e nos deixam
mais suscetíveis e o mais importante, manter o tratamento. Ao interromper o processo, o paciente fica mais vulnerável a complicações. Além disso, é muito importante tomar a vacina contra a gripe, que é eficaz e sabemos que nessa época do ano além do novo coronavírus estamos sujeitos também ao  vírus da influenza que causa a gripe. Devemos frisar também a adoção redobrada dos cuidados de higiene e uso de máscaras”, pontua.