O ato faz parte de uma série de manifestações contra o racismo que estão ocorrendo em vários países e que surgiram após a morte do americano George Floyd, assassinado por sufocamento pela polícia dos Estados Unidos. Em Campos, a manifestação desta quarta teve apoio de 38 entidades do movimento negro e de outros grupos que apoiam a causa.
“Esse ato é muito importante para chamar atenção para o racismo. Campos tem um papel na pauta racial em toda a história do Brasil e tem um dos movimentos negros mais antigos e mais ativos do Brasil. Isso daqui é a representação de anos e anos de luta e toma outra proporção desde o assassinato do George Floyd, nos Estados Unidos”, afirmou Rogério Siqueira, jornalista e embaixador do Conselho Pan-Africano no Brasil, que estava no ato.
Emocionado, o presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial, Totinho Capoeira, falou sobre a importância do movimento.
“A gente mostra para as pessoas a indignação pela truculência do braço do poder público e quando a gente vê quase 40 entidades se juntando em praça pública em plena quarta-feira de tarde, a gente vê que o povo preto está mobilizado contra o racismo. Isso é de extrema importância e eu fico muito emocionado”, comentou.
Ao final do ato, o grupo fez uma caminhada até o monumento do Pelourinho, que fica no calçadão do Centro. Foi neste monumento que, na última sexta, um grupo de cerca de 15 pessoas se reuniu, durante o primeiro ato antirracismo do município, e recebeu gás lacrimogêneo da Polícia Militar.
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