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O fino trato de Montebello

O incorporador que colocou o mercado imobiliário de Campos em outro patamar

Opinião
Por Guilherme Belido
26 de maio de 2020 - 18h22

Montebello contribuiu pra que Campos crescesse “para cima”. (Foto: divulgação)

Eduardo Montebello foi um idealista, um visionário, cuja chegada a Campos fez com que o segmento imobiliário do município ganhasse novos horizontes e, a partir de seu trabalho inovador, a modernidade.

Não tinha eu mais que 18 ou 19 anos de idade e estava começando em jornal. Digamos assim, um ‘começo pra valer’, visto que desde os 14 já fazia alguma coisa no extinto A Cidade – mas de forma pontual e sem uma rotina. Foi pelo setor comercial do jornal – área, via de regra, mais carente nas empresas jornalísticas – que passei a produzir algo relativamente efetivo.

Montebello estava chegando à cidade, vindo do Rio, para dirigir filial do Consórcio Mercantil de Imóveis (CMI), instalado no casarão da Alberto Torres, esquina com Baronesa (lado do Fórum). Iniciava-se, ali, uma nova Era no mercado local – os grandes prédios verticais – que mudaria o setor e o visual da cidade.

Foi quando conheci Montebello, que logo passaria a ser um dos principais anunciantes do jornal – bem como dos demais veículos de comunicação de Campos – mas dos jornais, em particular, através de páginas inteiras que anunciavam lançamentos de prédios e da utilização diária de grandes espaços nos classificados.

Anos depois, no mesmo casarão, Montebello montaria a ‘Eduardo Montebello Imóveis’, mais tarde passando a ocupar imóvel nas imediações da Conselheiro Otaviano.

Há cerca de um ano e meio, por conta de caderno jornalístico que produzi, falei duas ou três vezes com Eduardo pelo telefone, buscando dados sobre a expansão imobiliária em Campos.

Não falava com ele fazia muito tempo e, se não me engano, disse-me que estava morando em Atafona e que havia diminuído o ritmo das atividades. Atendeu-se com a presteza de sempre, colocando-se à disposição para outras informações.

Bacharel em Direito, pessoa de fina cordialidade e polidez, era um gentleman. Merece, sem favor algum, o reconhecimento não só do setor imobiliário, mas do mercado publicitário local e, no geral, de toda Campos.

Deixo aqui registrado minha manifestação de pesar à família.