Em outro ponto da cidade, na Praça do Liceu, na escadaria da Câmara de Vereadores de Campos, um outro grupo de manifestantes se reuniu. Alguns foram vestidos com camisas da seleção brasileira de futebol e com fotos do presidente Jair Bolsonaro, e levaram bandeiras do Brasil para demonstrarem insatisfação com as medidas de fechamento de comércio e barreiras que impeçam a circulação de pessoas durante a semana prevista para o lockdown. Palavras de ordem foram entoadas em coro com a frase “Fora, Rafael”. Uma profusão de vozes se espalhou nas “lives” dos manifestantes que narraram em suas redes sociais o motivo do protesto. Agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar acompanharam o protesto.
Na Praça São Salvador, duas viaturas da PM se posicionaram. Um dos policiais informou que os manifestantes chegaram pouco antes das 10h. Ele disse que estavam ali para negociar a saída dos manifestantes das ruas, já que decretos municipal e estadual proíbem a aglomeração de pessoas em espaços públicos. Na noite de sábado (16), o Ministério Público do Rio de Janeiro divulgou recomendação assinada pelos promotores de Justiça, Marcelo Lessa e Maristela Naurath, solicitando apoio de profissionais de segurança pública, a fim de que fossem evitadas aglomerações de pessoas, como forma de impedir o contágio do novo coronavírus, causador da Covid-19, neste momento de pandemia. Apesar da proibição, os manifestantes insistiram no protesto.
Uma outra atitude de repúdio ao lockdown e ao isolamento social foi a carreata que aconteceu com a participação de várias pessoas. Um grupo de motoristas percorreu diversas ruas e avenidas das áreas urbanas do Centro e de Guarus na manhã deste domingo. A movimentação de manifestantes terminou por volta de 12h. Um dos participantes, durante apresentação em live em uma rede social, disse: “Querem que as pessoas morram de fome. Estamos aqui em um ato pacífico para reclamar pelos nossos direitos, mas a PM quer nos calar”, comentou. A reportagem tentou apurar quantas pessoas estiveram nos atos, mas a Polícia Militar não divulgou números, nem se houve algum incidente durante o protesto.
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