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EDITORIAL | O pior dos crimes em tempos de coronavírus

No momento, toda a população está cumprindo o mesmo tipo de pena

Opinião
Por Editorial
13 de maio de 2020 - 16h25

É crime hediondo e contra a humanidade a malandragem na compra de equipamentos como respiradores, como aponta a operação “Mercadores do Caos” do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que mobilizou o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), com apoio da Delegacia Fazendária (DELFAZ) da Polícia Civil.

Já foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões. A organização criminosa estruturada para obter vantagens em contratos emergenciais, com dispensa de licitação, para a aquisição de ventiladores/respiradores pulmonares necessários para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus nos hospitais do Estado começa assim a ser desbaratada.

Há sigilo judicial decretado, o que não deveria acontecer, exceto se informações antecipadas pudessem vir a prejudicar o desfecho; Os advogados dos presos tentam o relaxamento da prisão, chegando a uma situação risível que é o pedido de prisão domiciliar, no momento em que toda a população está cumprindo o mesmo tipo de pena.

Esse é o pior dos crimes e merece os piores dos castigos. Por ironia do destino o empresário Mauricio Fontora, da empresa ARC Fontora, que está preso, contraiu o coronavírus. Talvez venha ele precisar de um respirador, e vai se arrepender muito do mal que fez.