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Violência: Motoboys são roubados em dinheiro e até lanches durante trabalho na pandemia

Categoria é uma das que está na linha de frente contra o coronavírus e pede ajuda da Polícia Militar

Segurança
Por Redação
11 de maio de 2020 - 18h09

Um grupo de motoboys de Campos se reuniu nesta segunda-feira (11) para uma manifestação, onde pediu mais segurança nas ruas da cidade. Eles se queixam de assaltos e furtos praticados nas últimas semanas na cidade. De acordo com representantes da Associação dos Motoboys de Campos dos Goytacazes (AMCG), um pedido de encontro com o comando do 8º Batalhão de Polícia Militar aconteceu na sede do BPM. Eles solicitaram pessoalmente mais patrulhamento e prisão dos assaltantes.

Segundo Jefferson Silva, vice-presidente da Associação dos Motoboys, nas últimas duas semanas nove motoboys foram abordados por bandidos em motocicletas. “Geralmente, eles agem armados e em dupla. Quando não roubam a motocicleta, levam nosso dinheiro e os produtos transportados, principalmente comida e lanches. Cinco boletins de ocorrências foram registrados, mas outros quatro ainda não porque nem sempre se consegue fazer a denúncia pela internet”, diz. No encontro com o comando do BPM de Campos, os profissionais autônomos pediram ajuda policial para poderem trabalhar em segurança.

Eles se concentraram em frente ao teatro Trianon antes de encontro no BPM

Ainda de acordo com a AMCG presidida pelo motoboy Diego Nogueira, os últimos assaltos aos motoboys aconteceram principalmente nas avenidas Artur Bernardes e Alberto Torres, e nos bairros Parque Santo Amaro e São Caetano. Atualmente, cerca de 800 pessoas trabalham como motoboys em Campos. A maioria não possui vínculo empregatício e atua como autônomos. Eles se encontraram na Rua do Ouvidor em frente ao Teatro Trianon nesta segunda (11). Em seguida, fizeram uma mini motocarreata até a sede do Batalhão de Polícia Militar. Ali, solicitaram o apoio para mais patrulhamento e prisão dos assaltantes que vêm agindo na cidade.

“Tenho 13 anos de profissão. Com a pandemia, nosso trabalho aumentou bastante, em torno de 40%. Estamos na linha de frente por causa do comércio fechado. Ganhamos R$5 por encomenda. Sem segurança, ficamos expostos e sem poder trabalhar direito. Esperamos apoio da Polícia Militar”, disse Jefferson Silva.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, no Rio de Janeiro. Por meio de nota, a corporação informou:

“A Assessoria de Imprensa esclarece que o comando do 8ºBPM (Campos dos Goytacazes) emprega suas equipes com base na análise das manchas criminais locais e através de informações colhidas pelo Setor de Inteligência da Unidade. O policiamento na região é realizado diuturnamente com viaturas e motocicletas, sempre com o objetivo de coibir ações de criminosos.

Dados apresentados pela unidade demonstram que houve uma redução nos índices criminais na área de cobertura do batalhão no mês de abril deste ano. O roubo de carga 100%, roubo de veículo 93%, roubo de rua 95% e roubo a estabelecimento 88%, comparado ao mesmo período de 2019. O comando do 8ºBPM segue trabalhando para ampliar a sensação de segurança da população e mantém o diálogo aberto com a população”.

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