Assim como os brasileiros lamentaram as demissões de Mandetta, na Saúde, e de Moro, na Justiça, em plena pandemia, é absurda e temerária a discussão de um processo de impedimento do presidente Jair Bolsonaro neste momento.
Politizar um dos momentos mais difíceis da história do país, vivido também por todo mundo, não levará ninguém a lugar algum, a não ser superlotar os hospitais públicos e também cemitérios, já que uma crise desta desfoca o prioritário.
Não há como fazer, neste momento, juízo de valor sobre o caso do impedimento proposto de oposição do presidente Jair Bolsonaro. Estamos tirando o foco da luta contra o coronavírus e lançando os holofotes sobre essa discussão.
Longe de estarmos negando que algo precisa ser apurado. O que se questiona é o momento. Existe uma aglomeração de petições, requerimentos e similares no Congresso e no Supremo, praticamente priorizando essa situação.
Neste exato momento, a luta contra o coronavírus, indiscutivelmente, tem que ter toda prioridade. Foco máximo. Essa cisão política em nada colabora. O mundo civilizado deu uma trégua às diferenças políticas para lutar de forma igual contra a pandemia.
Essa crise política afeta com força a luta contra o coronavírus, com instabilidade no câmbio e demais incertezas. Ontem, parece que, pelo menos na área econômica, o presidente agiu corretamente ao afagar o ministro Paulo Guedes, que parecia desprestigiado pelo Planalto.
Que esse problema político tenha uma solução depois de ser solucionada a questão da pandemia, que continua asfixiando os brasileiros e a economia do país. Esperava-se da classe política uma estratégia para prontas decisões contra esse inimigo.
Ela, em ambos os lados, está traçando uma estratégia contrária, secundarizando o avanço do coronavírus em nome da política não a política da Saúde, mas de sua pior versão.