(Foto: Divulgação/Apape)
A Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais (Apape) está fazendo uma campanha para arrecadar alimentos para famílias que assiste e equipamentos de proteção individual para uso dos profissionais que mantém o atendimento durante a pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a presidente Naira Peçanha, a Apape tem mantido o atendimento às famílias desde o início das medidas de distanciamento social da Prefeitura.
“Temos um plano de ação que implementamos a partir do decreto do Prefeito do dia 13 de março. Assistimos 315 famílias e precisamos ter uma dinâmica diferente para atendê-las”, diz.
Segundo Naira, a verba dos convênios não é suficiente para atender a todas as necessidades de famílias que vivem especialmente do trabalho informal e precisam permanecer em suas casas para ajudar a evitar a propagação do vírus.
“O município caminha com a gente, mas o Estado não paga há 4 meses. Então, essa verba não dá suporte a todas as necessidades que atendemos. São famílias com composição extensa, que, embora recebam Benefício de Prestação Continuada e Bolsa Família, vivem na informalidade. E não podem mais sair de casa para trabalhar porque a cidade parou. Por isso, iniciamos essa campanha para além dos convênios”, explica.
Naira explica que, além das cestas básicas, a Apape distribui fontes de proteína, como carnes e peixes, legumes e verduras, além de produtos de higiene e limpeza. O objetivo é manter os assistidos saudáveis como forma de prevenção à covid-19.
“Isso complementa a dinâmica do cardápio da família. Quanto mais saudáveis as pessoas estiverem, menos propensas elas estarão a serem contaminadas ou manifestarem formas mais graves da doença. Estamos instruindo as famílias, fazendo tudo o que podemos para que estejam saudáveis nesses tempos difíceis”, garante.
Para manter o trabalho, porém, Naira afirma que precisa de ajuda. “Precisamos alcançar a sociedade, a iniciativa privada. Nós e as pessoas que estão próximas da gente já temos feito o possível, mas precisamos aumentar essa corrente”, apela.
Segurança
Além de alimentos para as famílias assistidas, a Apape pede, também, doação de equipamentos individuais de proteção (EPI) para funcionários que mantêm o atendimento presencial a assistidos que precisam de atenção especial.
“Uma parte da nossa equipe trabalha de casa, em home office, e tem atuado junto às famílias por meio da internet. O restante, porém, permanece na instituição. Os assistidos mais vulneráveis e dependentes, como neuropatas, cardiopatas e autistas dos níveis II e III, são atendidos pessoalmente, com todos os cuidados sanitários. É um trabalho feito com muito zelo e muito cuidado”, revela.
Os funcionários vêm monitorando, também, casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus entre os assistidos. “Temos profissionais identificando casos de covid-19 nas famílias e nas comunidades onde elas moram. Estamos monitorando oito famílias com síndrome gripal e estamos dando todo o suporte para tentar minimizar o agravo social”, conta.
Mas, a Apape precisa manter a segurança de quem está na linha de frente. “Precisamos de máscara, capote, touca, luva, protetor de pé, álcool gel e álcool 70. Tudo isso é caro e menos acessível para quem não é parte da rede pública de saúde neste momento. Se alguma empresa puder doar, seremos muito gratos”, encerra.
Quer ajudar?
Quem quiser colaborar com a campanha da Apape pode doar os seguintes alimentos e produtos:
Arroz
Feijão
Farinha
Fubá
Trigo
Óleo
Macarrão
Açúcar
Sal
Pó de café 250 g
Biscoito cream cracker ou maizena 400 g
Salsicha
Carne Moída
Peixe
Legumes
Verduras
Água sanitária
Detergente
Sabão em pedra (pacote com 5 unidades)
sabonete
papel higiênico (pacote com 4 unidades)
Máscaras cirúrgicas
Toucas descartáveis
Protetores de pés
Caixas de luvas
Óculos de segurança incolor
Jalecos descartáveis
A Apape fica localizada na Rua Saldanha Marinho, números 190/198, no Centro de Campos.
