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Opinião: o recomeço colocado em pauta

Temos que salvar vidas na mesma proporção em que também devemos salvar empregos

Opinião
Por Editorial
26 de abril de 2020 - 6h00

Muitos podem pensar que ainda é cedo para voltar à normalidade e podem estar certos. Mas, o que está sendo proposto é uma paulatina abertura das atividades produtivas, com a observação de regras como distanciamento social, buscando uma equalização entre a saúde e a economia, que é o que está acontecendo em cidades do mundo inteiro.

Errados não estão os que defendem essa urgente flexibilização, para que a economia, quase em estado de coma, possa se recuperar, embora conviverá com as sequelas não se sabe por quanto tempo. Então, é uma medida que tem que ser tomada, com o início de um debate de como ela acontecerá.

A prefeitura de Niterói, na região metropolitana, já decidiu que vai flexibilizar o isolamento social, permitindo uma gradativa abertura do comércio. Há mais de uma semana, uma equipe técnica da prefeitura de Niterói estuda como colocar em prática essa flexibilização, após chegar à conclusão de que ela é inevitável.

No caso de Campos, que decretou estado de calamidade pública, parece que a flexibilização virá na esteira dessas cidades. Até aqui, a prefeitura fez o seu dever de casa, e apesar de muitos terem “furado” o isolamento social, a chamada quarentena, o percentual de contágio por número de habitantes, bem como o número de morte, está bem abaixo da média das cidades da Região Sudeste do mesmo porte.

Quem assistiu o filme “A Escolha de Sofia”, sabe como é complexa uma decisão dessas, e por isso debater essa questão imediatamente torna-se algo urgente. É hora de tirarmos lições desta tragédia e não tentar minimizá-la. Governadores e prefeitos devem continuar lutando por uma saúde pública melhor, por mais leitos de UTIs, respiradores, etc.

Mas a atividade produtiva precisa de oxigênio urgente, para que a economia não se transforme em uma segunda pandemia. Parece que diante disto existe um consenso. Temos que salvar vidas na mesma proporção em que também devemos salvar empregos.

Uma gradual retomada da atividade econômica de forma responsável, será o primeiro passo para a volta da plena normalidade, ao mesmo tempo em que a ciência continuará trabalhando para desenvolver uma vacina e tratamentos mais eficazes.