Repórteres também estão na linha de frente e eles saíram às ruas para registrar o cotidiano desses profissionais, que arriscam suas vidas em uma guerra silenciosa, o chamado silêncio ensurdecedor, que no imaginário de quem está em casa, parece o som das ruas gritando pedindo a volta das pessoas, do trânsito, das buzinas.
São profissionais de saúde, funcionários de farmácias, motoboys, motoristas de aplicativos, motoristas de ônibus, caminhoneiros, garis, funcionários de padarias e de supermercados, entre outras. Um exército de pessoas sem armas, mas que de uma forma ou de outra garante a sobrevivência dos confinados.
A reportagem Especial desta edição traz relatos emocionantes de pessoas que se afastaram de suas famílias para poder continuar nesta linha de frente, e protegendo suas famílias, estão protegendo as famílias de todos. Gente de coração grande que deixa o nosso apequenado e apertado.
Para as milhares e milhares de pessoas que estão em casa, o trabalho deste exército é fundamental. Pessoas que vão para a sacada dos prédios e aplaudem os lixeiros quando passam. Pessoas que sorriem pelos olhos para os caixas dos supermercados pois os sorrisos estão cobertos por máscaras.
O que dizer em forma de reconhecimento para esses heróis de uma guerra sem armas convencionais, mas de muitas mortes? Como externar essa gratidão cotidiana dos que estão em casa para os que estão nas ruas garantindo a sobrevivência dos confinados.
Só uma palavra simples do cotidiano pode definir todo esse apresso se dita em som de gratidão: nosso muito obrigado.