Com o rosto por trás de máscaras, que estão faltando, os profissionais de saúde arriscam suas vidas e por consequência a vida de suas famílias. Mudam suas rotinas, muito optando em morar em hotéis. Não são deuses obviamente, mas sem eles aliados aos cientistas a humanidade agora estaria a um passo da extinção.
Profissionais de saúde da rede pública do estado do Rio de Janeiro apresentam taxas de infecção pelo coronavírus de 25%. O percentual é elevadíssimo, maior do que o registrado em Espanha e Portugal — ambos de 20% — e ainda superior ao da Itália (15%).
Os dados são de pesquisa de uma força-tarefa pioneira para testagem molecular de Sars-CoV-2, que reúne mais de 60 pesquisadores, médicos e enfermeiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Entre 16 de março e 3 de abril, a força-tarefa contra a Covid-19 testou 700 pessoas, entre profissionais de saúde de hospitais públicos e pessoal da universidade, atendidos no Centro de Triagem de Covid-19 da UFRJ. A iniciativa teve apoio da Faperj e da Secretaria estadual de Ciência e Tecnologia.
O percentual de infecção, classificado como brutal pelos cientistas, evidencia duas coisas. A primeira é a falta de equipamentos de proteção (EPIs) para os profissionais. A segunda é a ampla disseminação do coronavírus na população.
Então registra-se a eterna gratidão para com os Profissionais de Saúde, os verdadeiros heróis desta triste jornada, pela coragem e espírito humano.