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Médicos de Campos na linha de frente contra o coronavírus vão receber máscaras de impressão 3D

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão sendo produzidos pelo IFF, no Centro de Campos

Tudo sobre coronavírus
Por Redação
26 de março de 2020 - 18h15

Parque de impressão foi montado no campus Centro (Foto: divulgação)

O Instituto Federal Fluminense (IFF) colocará o conhecimento produzido na instituição e seus recursos humanos e materiais à disposição da sociedade para a produção de um dos equipamentos que os profissionais da saúde mais precisam neste período de pandemia da Covid-19, causada pelo novo Coronavírus: as máscaras de proteção.

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), fundamentais para que os médicos, enfermeiros e demais profissionais da área de saúde possam se prevenir contra os riscos de contágio no tratamento de pacientes com a Covid-19, serão produzidos pelo IFF por meio de impressoras 3D. O parque de impressão foi montado no Campus Campos Centro do Instituto e o primeiro lote de máscaras será doado à Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes-RJ, para utilização no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus.

De acordo com o diretor de Internacionalização e Inovação do IFF, Henrique da Hora, a instituição está com oito impressoras funcionando, podendo chegar a 11. “No momento, podemos produzir até 64 máscaras por dia, e o nosso objetivo é ajudar as unidades hospitalares, pois sabemos da falta de EPIs na área da saúde por causa da pandemia da Covid-19”.

As máscaras serão fabricadas por servidores da instituição, com o apoio do Polo de Inovação do IFF na organização, operacionalização e manutenção das impressoras, e da empresa Sprint 3D, uma startup fundada pelos ex-alunos do Curso de Engenharia de Controle e Automação do Campus Campos Centro, Vinícius Parente e Thiago Pessanha, que surgiu no Polo de Inovação e é incubada na TEC Campos.

Vinícius conta que o material utilizado na produção das máscaras será o filamento PETG XT, um copoliéster durável. “O PET, pense no plástico de garrafas, e o G é um glicol modificado para durabilidade extra”, explica, acrescentando que o papel da startup na produção foi otimizar e modificar o modelo das máscaras, além da coordenação de sua fabricação. “O primeiro modelo recebido tinha o tempo de produção de 3h, agora o tempo foi reduzido para 40 minutos”, ressalta.

O reitor do IFF, Jeferson Manhães, destaca que esse movimento é um esforço da instituição, no sentido de colocar sua inteligência e criatividade para ajudar toda a sociedade no enfrentamento e no combate à disseminação do Coronavírus. “Nesse caso muito específico, dando apoio aos hospitais, aos profissionais de saúde para que eles possam desempenhar com mais segurança e tranqüilidade esse heróico trabalho que eles estão fazendo, de salvar vidas”.

A fabricação das máscaras pelo IFF também conta com a parceria de outras empresas que doaram materiais para sua produção. São elas: Super Bom Supermercados, Kalunga e Mania D’Água.