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Petroleiros que fizeram greve discutem na próxima semana propostas da Petrobras

A paralisação foi por demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, suspensas até dia 6

País
Por Redação
28 de fevereiro de 2020 - 8h51

Trabalhadores discutem propostas da Petrobras sobre demissões no Paraná (Foto: Arquivo/Reprodução)

Em nova audiência realizada na quinta-feira (27) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e mediada pelo ministro Ives Gandra, representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindiquímica-PR receberam da Petrobras novas propostas para os mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), cujas demissões estão suspensas até 6 de março, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região.

A empresa não aceitou realocar os petroleiros em outras unidades do Sistema Petrobras, como proposto pela FUP e pelo Sindiquímica-PR, mas ampliou as vantagens rescisórias a serem dadas aos trabalhadores. Por isso, a partir da próxima segunda-feira (2), a FUP e os sindicatos afiliados vão se reunir para decidir se aceitam ou não as propostas feitas pela diretoria da Petrobras.

A audiência também definiu que os petroleiros e a diretoria da empresa deverão se reunir para tentar um acordo em 30 dias, no máximo, sobre outras reivindicações da categoria, como os interstícios (intervalos entre jornadas) e a localização dos relógios de ponto nas unidades da companhia para passagem de serviço em troca de turno. O acordo ou as bases para conciliação deverão ser levadas ao ministro Ives Gandra, em nova reunião de mediação.

“A mobilização da categoria precisa continuar, porque continuamos negociando as propostas. Somente assim vamos conseguir manter os direitos garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) fechado em novembro do ano passado com mediação do próprio TST”, frisou Deyvid Bacelar, diretor da FUP, ressaltando ainda que a greve da categoria, iniciada em 1º de fevereiro, não foi encerrada, mas sim está suspensa, enquanto as rodadas de negociação permanecem.

Trabalhadores da unidade permanecem em ocupação em frente à fábrica, que completa 39 dias nesta sexta-feira (28).

Propostas

As diretorias da Ansa/Fafen-PR e da Petrobrás levaram ao TST duas propostas para os trabalhadores da fábrica paranaense. Confirmando que as demissões vão ser efetivadas, os executivos apresentaram dois planos de desligamento dos petroleiros, ampliando as vantagens financeiras que foram inicialmente oferecidas em 14 de janeiro, quando a Petrobras decidiu fechar a unidade.

A greve tem como pauta a suspensão imediata do programa de demissões de mil  funcionários da Fafen-PR, comunicado pela Petrobras e iniciado em 14 de fevereiro – e posteriormente suspenso pelo TRT da 9ª Região. As demissões ferem a cláusula 26 do ACT, que determina que qualquer demissão em massa deve ser negociada previamente com os sindicatos, o que não ocorreu. Trabalhadores da Fafen-PR, que também aderiram à greve, ocupam pacificamente a entrada da fábrica há quase 40 dias.

Fonte: FUP