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Myra e Alcione Athayde vão deixar a prisão por decisão do juiz Bretas

Elas são acusadas de participarem de organização criminosa liderada pelo doleiro Dario Messer

Justiça
Por Redação
19 de fevereiro de 2020 - 18h32

A ex-deputada federal Alcione Athayde com a filha Myra (Foto: Redes Sociais)

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, determinou nesta quarta-feira (19) a soltura da advogada Myra de Oliveira Athayde, a mulher do doleiro Dario Messer, e de sua mãe, a médica Alcione Maria Mello de Oliveira Athayde. Elas terão a prisão preventiva substituída pela proibição de deixar o país e de não manter contato com os demais investigados no processo.

De acordo com a revista Época, o advogado de Myra, Átila Machado, defendeu que a prisão preventiva das duas duas tornou-se meio ineficaz de “manutenção da ordem pública e conveniência da instrução criminal”. No despacho, Bretas explica que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), mãe e filha auxiliariam Dario Messer a manter-se foragido. Com a sua captura, o risco que ambas representam à ordem pública, para Bretas, estaria diminuído.

O doleiro Dario Messer foi preso no apartamento de Myra  (Foto: Revista Veja)

Os advogados alegam ainda que, com a implantação do chamado pacote anticrime, aprovado pelo Congresso e sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro, há a necessidade revisar a necessidade de sua manutenção das prisões preventivas a cada 90 dias, com decisão fundamentada, de ofício. Se passar o prazo, as prisões passam a ser consideradas ilegais. Myra Athayde é acusada pelo MPF de operar dinheiro ilegal no Brasil, Estados Unidos, Argentina e Paraguai.

Myra e Alcione foram presas em desdobramentos da Lava-Jato (Foto: Reprodução)

A ex-deputada federal e ex-secretária estadual de Saúde do governo de Rosinha Matheus, Alcione Athayde, está presa no Complexo de Gericinó, em Bangu, desde 19 de novembro do ano passado, no mesmo local onde está presa Myra Athayde. De acordo com o MPF, Myra, Alcione, além de seu companheiro, o psicólogo Arleir Francisco Bellieny, integrariam o núcleo operacional do esquema criminoso liderado pelo doleiro Dario Messer.

A família se encarregava de “implementar o transporte e o recebimento dos recursos financeiros ocultos”. Os três foram presos durante a Operação Patrón, mais um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Arleir recebeu um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal e foi solto em dezembro.

Fonte: Rádio CBN e Revista Época