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Médicos de Campos entram em greve e atendimento ambulatorial está suspenso

Cerca de 700 profissionais da rede ambulatorial do município que estão de braços cruzados

Campos
Por Redação
18 de fevereiro de 2020 - 12h31

Após anunciar com uma semana de antecedência, os médicos da rede municipal de Campos entraram em greve nesta terça-feira (18). Com a paralisação, somente os atendimentos de urgência e emergência estão mantidos, já os atendimentos ambulatoriais foram interrompidos. Cerca de 700 profissionais do município estão de braços cruzados. Segundo os médicos, os principais motivos para a paralisação são a falta de pagamentos, descumprimento do último acordo de greve (agosto de 2019) e condições inadequadas de trabalho.

No início da tarde desta terça, alguns profissionais estão reunidos na frente do Hospital Geral de Guarus (HGG), com faixas e cartazes para expor para a população a situação. Em entrevista recente ao Terceira Via, o presidente do Sindicato dos Médicos, José Roberto Crespo, informou que a categoria não teve nenhum retorno da Prefeitura de Campos desde a greve anterior, ocorrida em agosto do ano passado.

“Estamos solicitando de todas as formas melhores condições de trabalho. Está impossível trabalhar. Só recebemos cobranças e não temos nenhum retorno desde a greve anterior. Não tivemos nenhuma melhora e não há nenhum movimento por parte do governo pelo menos para melhorar minimamente. A gente não vê efetivamente um avanço”, desabafou.

Entre as reivindicações dos profissionais da saúde, estão:

1- Estabelecimentos de saúde com certificação da ANVISA, Corpo de Bombeiros e Cremerj
2- Reajuste salarial de acordo com piso salarial do FENAM (Federação Nacional dos Médicos) e plano de cargos e salários
3- Escolha de um médico chefe do Departamento Médico da SMS e responsáveis técnicos PRESENTES em cada unidade de saúde
4- Melhoria do sistema de marcação de consultas Marca-facil /“Sofia”
5- Autorização irrestrita da fruição de férias e licença-prêmio.

Em nota, a Prefeitura de Campos afirmou que:

“A secretaria Municipal de Saúde se mantêm disposta a dialogar com a categoria. Nesta segunda-feira (17), em reunião entre o Ministério Público, representantes da Prefeitura e Sindicato, ficou determinado o funcionamento obrigatório de 30% dos demais serviços da saúde, além do atendimento de urgência e emergência em caso de greve.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) segue realizando intervenções na estrutura do Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral de Guarus (HGG) para garantir melhores condições de trabalho aos profissionais, além de um atendimento cada vez mais adequado aos pacientes. Unidades Básicas de Saúde (UBS) também passam por intervenções.

Somente nos últimos meses, o HFM recebeu materiais médicos e de mobília, dentro do pacote de reestruturação das unidades de saúde do município. Entre as novidades, uma ala com oito leitos foi aberta, além da pintura de corredores e recepção e reforma do Centro de Material e Esterilização (CME). Também foram entregues cerca de 20 aparelhos de ar-condicionado, que serão instalados nas enfermarias.

Alguns setores do HGG estão passando por reforma, como o Centro Cirúrgico e Centro de Material e Esterilização (CME). Nos próximos dias, será iniciada a obra no telhado da unidade, com emenda parlamentar. O serviço foi licitado e a Fundação de Saúde aguarda a liberação da Caixa Econômica Federal para iniciar o serviço. A emergência adulta da unidade também passará por uma grande intervenção”.