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Júri popular do caso Ana Paula é remarcado pela quarta vez

Assassinato de Ana Paula Ramos ocorreu há mais de dois anos e todos os envolvidos respondem por homicídio qualificado

Campos
Por Redação
10 de fevereiro de 2020 - 16h51

Suspeitos de participação no crime (Foto: Silvana Rust)

O júri popular do caso Ana Paula, que aconteceria no próximo dia 17 de fevereiro, foi remarcado pela quarta vez. Após a mudança, a nova data escolhida para o julgamento foi o dia 18 de junho, a partir das 10h, no Fórum Maria Teresa Gusmão de Andrade, na Comarca de Campos. Segundo a publicação da Justiça, o motivo da alteração é a necessidade de readequar a pauta de audiências. A decisão foi assinada pelo juiz Wycliffe de Melo Couto, no final do mês de janeiro.

Serão julgados os dois executores Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro e Igor Magalhães de Souza e o terceiro acusado, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável pela contratação de Igor e Wermison. Já Luana Sales, apontada pelo Ministério Público como a mandante do crime, ainda não tem data para ser julgada. O assassinato de Ana Paula Ramos ocorreu há mais de dois anos e todos os envolvidos respondem por homicídio qualificado.

O crime
Ana Paula Ramos, de 24 anos, foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto de 2017, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. Ela foi atingida por três tiros: um na cabeça e dois no tórax. Ana Paula ficou internada em estado gravíssimo até o dia 23 de agosto, quando o Hospital Ferreira Machado confirmou sua morte cerebral.

Amigas de uma vida inteira Ana Paula e Luana tinham amizade desde a adolescência. (Foto: Reprodução)

As primeiras informações davam conta de que a vítima, que estava acompanhada da cunhada, Luana Sales, teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio, mas depois, a polícia descobriu em investigação que a cunhada teria encomendado a morte da universitária.

Segundo acusação oferecida pelo Ministério Público, Luana acordou pagar R$ 2.500 para que dois assassinos cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte) e, assim, extinguissem demais suspeitas. Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil e o restante seria pago após o crime.

Além de Luana, outros três homens estavam envolvidos no esquema, os dois executores – Igor Magalhães de Souza, na época com 20 anos e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, com 19 anos – e um terceiro, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável por fazer a ligação entre Luana e os outros dois. Todos foram presos na mesma semana do crime.

Segundo a acusação do Ministério Público, “o crime ocorreu de emboscada que, por sua vez, tornou impossível a defesa da vítima, na medida em que Ana Paula foi atraída pela primeira denunciada (Luana), sua cunhada, para o local da execução do crime, ocasião em que foi atingida pelos disparos feitos pelo terceiro e quarto denunciados, sem possibilidade de defesa. Consta dos autos que a primeira denunciada era cunhada da vítima Ana Paula e, como desejava a execução desta, contratou o segundo denunciado que, por conseguinte, ajustou com os executores, terceiro e quarto denunciados acerca do crime, ficando acertado também que deveria ser simulada a prática de um crime de roubo”.