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Saneamento é a vacina

Hoje, com o mundo encurtando as distâncias, a China é logo ali

Opinião
Por Editorial
7 de fevereiro de 2020 - 14h16

(Foto: Júnia Garrido/Futura Press/Folhapress)

Enquanto o coronavírus assusta o mundo, como praga de última geração, o interior do Rio teme com as enchentes. Doenças antigas como hepatite, tifo e leptospirose. E já pensando no pós-enchente, vem a ameaça da dengue e seus derivados com a proliferação do mosquito vetor.

Nos jornais e noticiários de todo o mundo, o coranavírus ocupa espaços nobres, alertando o mundo para uma possível pandemia. Porém, nos tempos modernos, outros vírus transmitidos pelo ar assustaram o mundo, que se movimentou e evitou o pior.

O Brasil era distante da China no século passado. Hoje, com o mundo encurtando as distâncias, a China é logo ali, e já existe no Rio a suspeita de um caso do coranavírus. O governo está anunciando barreiras sanitárias para evitar que a doença entre no país.

Difícil acreditar que um país que tinha erradicado a febre amarela, e hoje convive com ela e seus “primos” tenha a mínima condição de enfrentar uma doença com a gravidade que se diz ter o coronavírus. A rede pública poderá fazer muito pouco.

Doenças pós-enchentes mostram a nossa fragilidade diante de doenças já banalizadas pela medicina de outros países, sendo esse o caso da febre amarela que sabemos que continua sendo uma ameaça à medida em que corpos de macacos nos contam.

Pode não ser o caso do coronavírus, mas nos outros, aplica-se como solução do problema a questão sanitária. Saneamento é, na verdade, a grande vacina contra essas doenças pós-enchentes. Enquanto isso não for feito, parte dessas doenças estará no ar na forma de mosquito, e elas matam.