A confusão que aconteceu no auditório do Sindicato de Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), durante palestra do ex-ministro chefe da Casa Civil e petista José Dirceu, já era esperada desde que sua presença em Campos foi anunciada.
O “exército” de jovens apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro foi para o local, e a palestra virou um bate-boca, como tem acontecido em quase todos os lugares onde José Dirceu, dado como mentor do mensalão e também de parte da Lava-Jato, tenta lançar seu livro.
José Dirceu foi condenado, cumpriu pena e tem o direito de escrever livros e divulgá-los. Muitos podem se sentir incomodados, como os apoiadores de Bolsonaro em Campos, mas não podem, na base da força, fazer valer sua vontade.
Não é a primeira vez que isso acontece em Campos. Na bienal do livro, jovens bolsonaristas e petistas se estranharam, assim como recentemente aconteceu na Universidade Federal Fluminense, a UFF.
Todo brasileiro tem o direito de considerar o senhor José Dirceu desprezível e nocivo. Para alguns, ele foi o mentor de toda a engenharia de crimes que praticamente corroeu o PT. Mas repetimos que ele tem direito de expor suas ideias na forma de livro.
Felizmente, até aqui tem ocorrido princípios de tumulto com empurra-empurra e troca de ofensas. Mas é preciso ficar atento a tudo isso porque esse é um ano eleitoral e toda essa gana na defesa de bandeiras pode resultar em algo que há muito não se via na política brasileira.