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Editorial: A indústria do açúcar arruinada

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Editorial
Por Redação
26 de janeiro de 2020 - 0h01

Campos já ostentou a doce posição de maior produtor de açúcar do país, com centenas de pequenos engenhos e depois com modernas usinas. O tempo foi passando e, nos anos 70, o interior de São Paulo entrava em cena com usinas mais modernas a partir da criação da Coopersucar, que chegou a manter uma escuderia na bilionária Formula 1.

A produção em Campos acompanhava a queda também nas usinas do Nordeste do País, principalmente de Pernambuco e Alagoas, dois grandes estados produtores. Desembarca aqui, o ex-presidente do extinto Instituto do Açúcar e Álcool- IAA-, Evaldo Inojosa. Tornou-se proprietário da usina de Outeiro e seguindo o exemplo de São Paulo, criou com sede em Campos a Cooperfl u, que já não existe.

Depois de uma chuva de empréstimos federais, mas sem o necessário para implantar um forte sistema de irrigação, as usinas de Campos foram perdendo força, e uma a uma foi desativando suas moendas. Hoje, a maioria delas está em ruínas como mostra a reportagem especial desta semana.

Hoje, a cooperativa dos produtores, a Coagro, que arrendou Sapucaia da MPE Agronegócios é a esperança do setor para recuperar a lavoura perdida, e desta vez mais voltado para o etanol. O presidente da MPE agronegócios, Renato Abreu, no ano passado arrendou o parque fabril da usina Paraíso e as terras do Grupo Othon.
A presença de Abreu no setor não deixa de ser um alento para quem ainda aposta nele. O empresário aposta no etanol. O açúcar pelo preço de mercado, baixo commodity, como no tempo da decadência.