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Campistas também esperam atendimento no INSS

Em todo o país, há milhões de pedidos de benefícios atrasados; governo diz que minimizará situação com ajuda militar

Previdência
Por Redação
17 de janeiro de 2020 - 18h20

Segurados procuram agências do INSS (Foto: Antonio Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

Por mês, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) recebe em todo o país, quase um milhão de pedidos de benefícios (988 mil), segundo o governo federal. Em Campos, não há dados oficiais de quantas pessoas esperam para serem atendidas em suas solicitações como aposentadoria e pensão, por exemplo. O prazo de 45 dias não tem sido cumprido. O governo anunciou na terça-feira (14) que irá contratar temporariamente até 7 mil militares da reserva para reforçar o atendimento nas agências do INSS, mas não deu prazo  para zerar a fila.

A reportagem do Terceira Via ouviu internautas de Campos que vivem a angústia de outros milhões de brasileiros à espera de atendimento no INSS. Em uma enquete divulgada na rede social Facebook, várias pessoas se manifestaram reclamando do atual congestionamento de pedidos e a longa espera além do prazo estabelecido nas agências locais para terem benefícios concedidos.

A internauta Rosana Pacheco relatou a dificuldade em ajudar uma vizinha que precisa ser atendida pelo INSS. “Acompanho minha amiga que não consegue marcar perícia médica. O marido dela teve fratura no pé e o patrão mandou ele “encostar” pelo INSS  com o auxílio-doença. Foi uma luta para agendar. Depois, disseram que teria que recomeçar o pedido. Acho um abuso e falta de respeito com quem paga em dia o INSS. Pela internet é horrível o serviço”, queixa-se .

Quem também reclamou da demora para se conseguir atendimento  na agência da Previdência Social foi Patricia Teixeira. “Minha mãe e meu padrasto passam pelo problema.  Eles fizeram pedido de aposentadoria desde o ano passado.  Até agora não deram resposta, já que o prazo é de 45 dias”, afirma.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, anunciou que o governo irá contratar temporariamente até 7 mil militares da reserva para reforçar o atendimento nas agências do INSS e reduzir o estoque de pedidos de benefícios atrasados. Segundo o secretário, estoque de pedidos de benefícios atrasados não será zerado. Para diminuir atrasos, o governo dará prioridade, sob segurança dos militares, às perícias médicas dos cerca de 1,5 mil funcionários do INSS afastados por problemas de saúde.

De acordo com a proposta da Secretaria de Previdência e Trabalho, a contratação será voluntária, sem convocação. Eles serão treinados entre fevereiro e março, devendo começar a trabalhar nos postos em abril, recebendo um adicional de 30% na reserva remunerada.  Segundo Marinho, a medida custará R$ 14,5 milhões por mês aos cofres públicos. No entanto, afirma, o valor deve ser compensado pela diminuição da correção monetária paga nos benefícios concedidos, além do prazo máximo de 45 dias depois do pedido.