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Justiça marca júri popular do caso Ana Paula pela terceira vez

Crime ocorreu há mais de dois anos e todos os envolvidos respondem por homicídio qualificado

Campos
Por Redação
3 de janeiro de 2020 - 14h27

Ana Paula Ramos cursava Marketing em uma instituição particular de Campos (Foto: reprodução)

Foi remarcado para o dia 17 de fevereiro de 2020 o júri popular de três acusados do caso Ana Paula, crime que chocou a população campista. Serão julgados os dois executores Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro e Igor Magalhães de Souza e o terceiro acusado, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável pela contratação de Igor e Wermison. Já Luana Sales, apontada pelo Ministério Público como a mandante do crime, ainda não tem data para ser julgada. O crime ocorreu há mais de dois anos e todos os envolvidos respondem por homicídio qualificado.

Esta é a terceira vez que a Justiça marca o júri popular dos três. A primeira data seria dia 26 de agosto deste ano e a segunda no dia 11 de novembro. O juiz Wycliffe de Melo Couto resignou as audiências por conta de readequação. Caso não seja adiado novamente, o júri será a partir das 10h, do dia 17 de fevereiro, no Fórum Maria Teresa Gusmão de Andrade, na Comarca de Campos dos Goytacazes.

Suspeitos de participação no crime (Foto: Silvana Rust)

O crime
Ana Paula Ramos, de 24 anos, foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto de 2017, na Rua Comendador Pinto, em uma praça, no Parque Rio Branco, em Guarus. Ela foi atingida por três tiros: um na cabeça e dois no tórax. Ana Paula ficou internada em estado gravíssimo até o dia 23 de agosto, quando o Hospital Ferreira Machado confirmou sua morte cerebral.

As primeiras informações davam conta de que a vítima, que estava acompanhada da cunhada, Luana Sales, teria sido vítima de uma tentativa de latrocínio, mas depois foi revelado à polícia que a cunhada teria encomendado a morte da universitária.

Segundo acusação oferecida pelo Ministério Público, Luana acordou pagar R$ 2.500 para que dois assassinos cometessem o crime de modo que parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte) e, assim, extinguissem demais suspeitas. Antes do atentado, a cunhada já teria acertado R$ 2 mil e o restante seria pago após o crime.

Além de Luana, outros três homens estavam envolvidos no esquema, os dois executores – Igor Magalhães de Souza, na época com 20 anos e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, com 19 anos – e um terceiro, Marcelo Damasceno Medeiros, que seria o responsável por fazer a ligação entre Luana e os outros dois. Todos foram presos na mesma semana do crime.

Conta da acusação do Ministério Público que “o crime ocorreu de emboscada que, por sua vez, tornou impossível a defesa da vítima, na medida em que Ana Paula foi atraída pela primeira denunciada (Luana), sua cunhada, para o local da execução do crime, ocasião em que foi atingida pelos disparos feitos pelo terceiro e quarto denunciados, sem possibilidade de defesa. Consta dos autos que a primeira denunciada era cunhada da vítima Ana Paula e, como desejava a execução desta, contratou o segundo denunciado que, por conseguinte, ajustou com os executores, terceiro e quarto denunciados acerca do crime, ficando acertado também que deveria ser simulada a prática de um crime de roubo”.