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Cresce interesse por energia solar em Campos

Investimento com tecnologia israelense pode custar a partir de R$8 mil; economia e sustentabilidade ambiental

Meio Ambiente
Por Ocinei Trindade
25 de dezembro de 2019 - 12h35

Colégio de Campos adotou o sistema de placas solares (Foto Divulgação)

No Brasil, a energia solar é a quinta maior fonte de energia do país. Porém, sua participação ainda é considerada pequena, com menos de 1% no Brasil da matriz energética nacional. As outras principais fontes de energia são hidrelétrica, termoelétrica, eólica e nuclear, apesar da energia solar ser de menor impacto ambiental, e do Brasil ser abundante em raios de do Sol que brilham praticamente o ano inteiro em todo o território. Em Campos, o interesse pela energia solar tem crescido e feito com que consumidores optem por essa fonte. O investimento ainda é elevado, mas a tendência é de redução, garantem especialistas.

A energia solar ou fotovoltaica funciona se aproveita da luz do sol que é transformada em energia elétrica com utilização de painéis fotovoltaicos ou sistema heliotérmico. Trata-se de de energia limpa e renovável, além da vantagem que o Sol oferece recurso inesgotável de energia. De acordo com Guilherme Castro, diretor responsável da empresa de energia solar Kûara, esta é uma forma sustentável que menos impacta o meio ambiente.

“Ajudamos as famílias a economizarem com gastos em energia elétrica. Entendemos que somos responsáveis pela construção de um mundo melhor com valorização do ecossistema e da vida. Observo o interesse cada vez maior em Campos e em cidades vizinhas pelo investimento em painéis solares por conta do alto custo da energia elétrica. Há necessidade permanente de consumo, sobretudo em dias quentes com a utilização de aparelhos de ar-condicionado”, destaca.

Empresário da área de energia solar, Guilherme Castro (Foto: JTV)

De acordo com o empresário do setor de energia solar, uma casa simples que costuma consumir cerca de 250 kilowatts de energia mensalmente, pode investir R$8 mil em equipamentos de energia solar. Já uma casa maior de alto padrão que atinge o consumo de 1200 KW, o investimento chega a R$45 mil, em média. Empresas que consomem de 1800 a 2000 KW ao mês, geralmente, utilizam muitos aparelhos de ar-condicionado. O investimento em equipamentos de energia solar desse porte pode chegar R$70 mil.

“Há uma grande vantagem do investimento. O retorno é de três anos, se o consumidor usar capital próprio. Em caso de quem opte por investimento bancário, o retorno é de quatro anos para financiamento da compra de equipamentos. A garantia do equipamento é de 12 a 15 anos. Por um ano, as empresas que vendem esse tipo de produto se responsabilizam pela manutenção”, comenta Guilherme Castro.

Há vários tipos de tecnologias de energia solar no mundo, classificadas em primeira, segunda e terceira gerações. Esta última é considerada a mais avançada.  Israel é o país apontado como mais bem avaliado mundialmente na produção de equipamentos de terceira geração na área de energia solar. Desde 2004, Israel está no topo na fabricação de painéis solares de última geração. Só em 2018, essa tecnologia chegou ao Brasil. “Optamos pela tecnologia israelense por estar mais bem avaliada no mercado mundial”, destaca Guilherme.

Especialistas em energia solar apontam países que mais têm investido em instalação desse tipo de fonte energética. Em 2016, a China teria representado cerca de 40% da capacidade solar instalada no mundo. Alemanha é o país com a maior capacidade solar instalada por pessoa, cerca de 500 watts por habitante. Em seguida vem o Japão com aproximadamente 337 watts por habitante. Os Estados Unidos geram cerca de 10% da energia elétrica no país com uso de painéis solares. Já a Itália produz cerca de 7,8% de energia elétrica com adoção da  energia solar. O Brasil ainda está distante desses países quando o assunto é energia solar, mas há expectativas e investimentos para que a situação mude.

Vantagens do uso de energia solar foram relacionadas. Segundo especialistas, trata-se de fonte renovável e inesgotável de energia não poluente; exige pouca manutenção; os equipamentos são cada vez mais eficientes e os custos estão reduzindo; é uma fonte de energia viável para lugares afastados e de difícil acesso.  O Brasil possui alta incidência solar e é extremamente favorável para a geração energética a partir da energia solar. O país é abundante em silício, matéria-prima usada para fabricação das células fotovoltaicas. Entre as desvantagens, a produção pode variar de acordo com as condições atmosféricas; durante a noite, a energia solar não é produzida.

“Para mim, o consumidor precisa se informar cada vez mais sobre o consumo consciente de energia em geral. Nisto, incluo a aquisição de produtos como fontes de energia solar. Creio que o melhor investimento da atualidade é energia. Rende mais que a caderneta de poupança. Com três anos de utilização da energia solar, o consumidor poderá se desligar do serviço oferecido pela concessionária de energia, pois terá capacidade de gerar e consumir a própria energia em casa ou na empresa onde há placas solares”, conclui Guilherme Castro.