Segundo a dermatologista, Dra. Ana Maria Pellegrini, os números indicam que um em cada quatro casos novos de câncer no Brasil é de pele. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chances de cura e a consulta com um especialista pelo menos uma vez ao ano é fundamental para uma análise mais completa.
“A incidência do câncer de pele na região é semelhante a do restante do país. Ainda existe um culto ao bronzeamento e as pessoas utilizam o filtro solar de maneira deficiente, ou seja, na quantidade e frequência incorretas. Os números da doença no Brasil são alarmantes e precisamos fazer este alerta”, afirma.
A especialista explica que todo o indivíduo tem o chamado ‘patrimônio solar’, que é construído lentamente pelo efeito cumulativo dos raios UV que danificam o DNA de células gerando lesões na pele ao longo do tempo, logo, a proteção é extremamente necessária para assim protegê-lo, evitando consequências graves.
“Todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para os carcinomas”, explica.
Um sinal pode ser câncer de pele
A Dra. Ana Pellegrini ainda revela a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a regra do ABCDE.
“Mas, em caso de sinais suspeitos,procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica”, diz.
Prevenção
É importante ainda frisar, de acordo com a médica, que a exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo. Ela penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas mais graves como tumores benignos ou cancerosos.
A dermatologista ainda faz uma recomendação: evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
“Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo 1 e 2, ou seja, pessoas de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico de câncer de pele, queimaduras solares, incapacidade para se bronzear e muitas pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados”, pontua.
Medidas de proteção