A Polícia Rodoviária Federal que tem um posto de policiamento a menos de 100 metros do local dos assaltos, sequer respondeu aos nossos emails. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Alerj, já entrou no circuito e chegou a promover uma audiência pública para discutir o assunto. Na época, o policiamento no local foi reforçado e os índices caíram. Mas o que deveria ser uma constância, não passou de fogo de palha.
Uma medida interessante que notamos – se é que em meio a tanta tragédia, podemos comemorar alguma coisa- é que a concessionária Autopista Fluminense disponibiliza em tempo real para as polícias, as imagens de câmeras de segurança instaladas em toda a rodovia, inclusive nesse trecho. No entanto, os usuários reclamam da inércia das polícias. Nós tentamos, mas a concessionária não forneceu essas imagens. A Alerj divulgou que, segundo dados da Polícia Militar, a região de São Gonçalo é cenário para até 20% dos roubos de veículos ou cargas registrados em todo o estado do Rio de Janeiro. O que facilita a ação dos criminosos é a rota de fuga para favelas no entorno da rodovia, os constantes engarrafamentos causados por excesso de veículos em horário de pico e a existência de lombadas, que provoca a redução de velocidade dos carros e gera oportunidade para os bandidos se aproximarem. O que chama a atenção é o grau de violência utilizado pelos criminosos que normalmente traumatiza as vítimas.