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Caramujos invadem creche municipal em Campos

Proliferação acontece na unidade do Parque Lebret, principalmente por causa da chuva; moradores reclamam

Comunidade
Por Redação
22 de novembro de 2019 - 18h39

Creche Municipal do Parque Lebret fica numa praça do bairro (Foto: Reprodução)

Há meses, moradores do Parque Lebret, em Campos, reclamam do aparecimento de caramujos. Comércios e residências enfrentam a presença do molusco que tem gerado alguns transtornos. Funcionários da creche municipal — que fica em uma praça do bairro —, reclamam da constante ocupação do espaço com caramujos. Segundo eles, isto ocorre durante todo o ano, mas quando chove o problema se agrava. Nesta sexta-feira (22), as aulas foram suspensas.

De acordo com uma servidora municipal que preferiu não se identificar, a situação fugiu ao controle. O aumento de caramujos na creche teria se intensificado nestes últimos dias por causa das chuvas que tem caído na região. “A gente fica sem saber o que fazer, pois o contato com o caramujo oferece risco à saúde. No lugar onde tem tantas crianças, a nossa preocupação com a segurança delas só cresce”, disse a funcionária.

Fotos com caramujos nas dependências das creches foram feitas por funcionários

Na creche municipal do Parque Lebret 90 alunos estão matriculados. Ali, trabalham cerca de 20 pessoas. A mãe de um menino que frequenta a unidade de ensino disse a reportagem que fica preocupada com a segurança do filho. “A diretora e as professoras têm boa vontade para eliminarem os caramujos. Até sal já foi usado para combater a praga”, conta. Uma servidora informou que procurou a Secretaria de Educação e o Centro de Controle de Zoonoses, mas ainda não foi resolvida a questão. O grupo decidiu procurar o Jornal Terceira Via para denunciar o problema.

“A gente não tem condições de combater os caramujos. Não temos luvas, proteção ou segurança. Todo mundo teme ficar doente com uma possível contaminação”, disse.

De acordo com a Fiocruz, o caramujo do tipo africano pode transmitir doenças.

A casca do animal pode servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. É preciso que o bicho seja eliminado e descartado corretamente.  Queimar e enterrar as carcaças e os ovos do caramujo, ajudam a combater a proliferação. Recomenda-se proteger as mãos com um saco plástico ou luvas, evitando qualquer contato com o molusco  que é  hospedeiro de um verme que provoca inflamação das meninges e pode ser confundida com meningite.

Moradores também registram a presença de caramujos no Lebret

A dona de casa Sandra Almeida, mora em frente à creche municipal. Ela está incomodada com a situação. “O Lebret fica em uma região de baixada. É comum acumular água nas ruas e em algumas áreas que foram aterradas. O caramujo aparece o tempo todo, mas quando chove é pior”, queixa-se.

Caramujos ocupam paredes e o pátio da creche municipal (Foto: Reprodução)

A reportagem procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Campos. Em nota, a Prefeitura de Campos informou que uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) esteve na creche,   fez  orientações  na unidade e na Secretaria de Educação sobre os procedimentos corretos a serem adotados no local.  “Os moluscos costumam aparecer em períodos de maior incidência de chuvas. Entre as orientações para evitar a proliferação, está a importância de não se acumular lixo, o que atrai os moluscos, que são atraídos, também, por horta e vegetação”, informou.

Nesta sexta-feira (22), após visita da equipe do CCZ, foi orientado que as atividades na creche fossem suspensas. “Eles disseram que iam fazer a limpeza do local, mas não ficou definido como será na semana que vem. A gente torce para que os caramujos sejam eliminados e as aulas  fiquem normalizadas”, diz uma funcionária.