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Cannabis medicinal é tema de seminário na Uenf

Profissionais de diversas áreas participam do evento para discutir o uso da maconha em tratamentos de saúde

Saúde
Por ASCOM
21 de novembro de 2019 - 12h19

Participantes do seminário no Centro de Convenções da Uenf em Campos (Foto:Ascom)

O uso medicinal da Cannabis sativa é um tema que está no centro das discussões entre a sociedade, governantes, médicos, pacientes e a indústria farmacêutica. Nesta quinta-feira (21) acontece durante todo o dia, no Centro de Convenções da UENF, o Seminário sobre Cannabis Medicinal do Norte Fluminense. O evento tem a participação de pesquisadores, médicos, farmacêuticos, advogados e pacientes que fazem uso de medicação à base de canabidiol, composto que está entre os mais estudados dentre os derivados da cannabis.

Professores, pesquisadores e especialistas debatem o uso da maconha medicinal (Assom)

O uso medicinal da Cannabis é um tema polêmico. As diversas discussões são baseadas, por um lado, na eficiência e nos benefícios do uso de compostos derivados da cannabis, no tratamento de diversas doenças e sua importação, mediante prescrição médica e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Do outro lado, os argumentos são baseados nas políticas antidrogas na possibilidade de dependência química e um possível aumento do tráfico de drogas.

Em pesquisa feita pelo Instituto DataSenado, em junho de 2019, 75% da população brasileira apoia a produção de medicamentos com base na cannabis, 20% é contra a produção e 5% não soube responder. Entre as doenças que podem ser tratadas com os compostos derivados da cannabis, a epilepsia e o câncer foram as mais lembradas.

Palestrantes se apresentam durante todo dia no Centro de Convenções da Uenf

Para a pesquisadora Ingrid Trancoso, aluna de doutorado a UENF e uma das responsáveis pelo evento, “É importante a presença de diversos segmentos da sociedade como forma de desmistificar e quebrar os preconceitos pelo uso da medicação”, afirmou. Segundo Ingrid, existem hoje no Brasil quase 100 pessoas que possuem habeas corpus para o cultivo da cannabis em suas residências para que possam produzir os derivados de forma artesanal.