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Municípios do Norte Fluminense recebem treinamento preventivo para contenção de manchas de óleo no litoral

Material, que já poluiu várias praias nordestinas, chegou ao Espírito Santo na última sexta-feira

Geral
Por Redação
12 de novembro de 2019 - 15h20

Treinamento foi encerrado nesta terça (Foto: Divulgação/ Governo do Estado do Rio)

A preocupação de que o óleo que vem poluindo o litoral nordestino chegue ao Norte Fluminense existe e já mobiliza autoridades ambientais do Estado do Rio. O Instituto Estado do Ambiente (Inea) encerrou nessa terça-feira (12) o treinamento realizado com técnicos dos municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Carapebus, Quissamã, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Macaé, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios e Saquarema. O treinamento foi realizado nas instalações do Porto Açu, em São João da Barra. O material poluente já não está tão longe da região, pois a Marinha confirmou na última sexta-feira (8) que foram encontrados e recolhidos pequenos fragmentos de óleo na praia de Guriri, no município de São Mateus, no Espírito Santo.

Inicialmente, a capacitação foi destinada a municípios do noroeste Fluminense e Região do Lagos e, na próxima semana, serão os municípios da Região Metropolitana e do Sul Fluminense (Maricá, Niterói, Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis, Paraty, São Gonçalo, Guapimirim, Magé, Itaboraí, Duque de Caxias e Rio de Janeiro).

Os órgãos ambientais estaduais, vinculados à Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), estão trabalhando em ações preventivas com o objetivo de garantir uma pronta resposta, em caso de surgimento de mancha de óleo nas praias do estado.

Praias do Nordeste atingidas com petróleo derramado (Foto: EBC)

Em 24 de outubro, conforme publicação em Diário Oficial, o Governo do Estado criou um grupo de trabalho especial para acompanhamento e vigilância de qualquer anormalidade relativa a manchas de óleo na costa fluminense. O grupo é coordenado pela secretária do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Lúcia Santoro, e composto por técnicos da Seas e do Inea.

Desde então, o grupo se reuniu duas vezes durante o mês de outubro (26 e 31) com foco na ação preventiva e no monitoramento. O encontro contou com as presenças de representantes do corpo técnico da Seas, de setores de emergência e monitoramento do Inea, da Marinha do Brasil, do Ibama, da COPPE/UFRJ e de empresas do setor.

O Inea possui um plano de contingência relacionado à presença de óleo nas praias para otimizar a resposta em caso de necessidade. O plano encontra-se em situação de monitoramento.

O Inea realizou, na última semana (6 e 7/11), a capacitação de cerca de 80 pessoas, entre técnicos da Defesa Civil estadual, do Corpo de Bombeiros, do próprio órgão ambiental, além de militares do Exército para atuação em caso de surgimento de óleo na costa. O treinamento incluiu atividade prática na praia, onde o grupo simulou atendimento de emergência.

O secretário de Desenvolvimento Ambiental de Campos, Leonardo Barreto, participa da capacitação e destaca que é importante organizar as frentes de ação.

“Município, Estado e União, coordenados pela Marinha do Brasil, estão se organizando para o monitoramento e possível identificação de manchas de óleo aqui no litoral fluminense. Com o conhecimento que está sendo passado poderemos ter uma resposta rápida e eficiente”, frisou Leonardo.

O Comite Estadual P2R2 (Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos) foi incorporado ao grupo de trabalho especial criado pelo governador. Novos órgãos serão acionados.